Artesã Maria do Espírito Santo |
8/07/2024
Um dos maiores trunfos de quem viaja é o seu olhar. Diante de paisagens e experiências inéditas, o turista tenta perceber detalhes, viver novas sensações, sentir a alma da cidade. A busca pela materialização da viagem acontece por meio das lembranças que vão muito além do tradicional. A procura por artesanato que caiba na bolsa, como souvenirs originais, torna-se algo indispensável.
Quando chega o período do São João e das férias, os artesãos maranhenses têm a oportunidade no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama) e nos arraiais da cidade, de promover a economia criativa através dos artesanatos de peças souvenirs que cabem na mala dos turistas. Esses produtos valorizam a cultura local e enriquecem a experiência dos visitantes.
A secretaria de Estado do Turismo (Setur-MA), Socorro Araújo, comentou: "O Governo do Estado, por meio da Setur-MA, disponibiliza espaços nos arraiais e está sempre buscando formas de fomentar o empreendedorismo e a criatividade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do turismo", afirmou.
Maria do Espírito Santo, uma artesã de 73 anos, trabalha principalmente com reciclagem e bordados do Bumba Boi, além de desenvolver um trabalho delicado com peças em cerâmica, como miniaturas de casarios típicos em azulejos. Suas miniaturas do Bumba Boi e os imãs de geladeira com os modelos do chapeuzinho do Bumba Boi são os artesanatos mais populares entre os turistas que visitam o Maranhão em busca de lembranças.
A artesã conta que sua inspiração vem de forma espontânea e criativa. "Gosto de experimentar, ajustar minhas criações até alcançar o resultado desejado. É um processo intuitivo e cheio de descobertas, onde cada peça ganha vida própria conforme vou moldando e aprimorando. É nessa liberdade de criação que encontro a verdadeira essência do meu trabalho com artesanato", afirmou a artesã Maria do Espírito Santo.
Jorge Beckman, diretor do Ceprama, destaca as oportunidades da comercialização, especialmente durante o período do São João, para os artesãos de souvenirs. "Através de peças únicas e inéditas, esses artesãos expressam sua identidade e admiração pelos ícones maranhenses, contribuindo para preservar e divulgar a nossa rica cultura", ressaltou.
Economia criativa
As peças artesanais, como os souvenirs, desempenham um papel crucial ao mostrar aos visitantes e turistas um pouco da história e das tradições culturais da cidade. Esses produtos únicos e autênticos permitem que os turistas levem consigo lembranças especiais de sua viagem, ao mesmo tempo em que apoiam os artesãos da região e preservam as tradições locais.
No Ceprama, a maranhense Dayse Rocha destaca a importância de procurar o local ao desejar presentear amigos e parentes. Ela menciona: "Hoje estou em busca de um artesanato para presentear meus familiares maranhenses que residem em outro estado, proporcionando-lhes sempre uma recordação de nossa terra e cultura".
Max cresceu imerso no universo do artesanato de azulejos, seguindo os passos de seus pais. “Meus pais me ensinaram tudo que sei e eu fui aprimorando com o tempo, onde o diferencial dos meus souvenirs são as cores vibrantes, especialmente presentes em itens como porta-joias e chaves, nos quais retrata a alegria dos casarões coloniais em minhas pinturas”.
Espaço do Artesanato no Arraial do Ipem
Até o dia 14 de julho, os turistas têm a oportunidade de se envolver ainda mais na cultura e história local através da compra de artesanatos únicos e autênticos no Arraial do Ipem. Essa experiência enriquece não apenas a viagem, mas também a compreensão sobre o estado.
Helcina Pereira Silva, natural de Vargem Grande, visita São Luís regularmente, especialmente durante o período junino. Ela conta que se encanta com o artesanato local por valorizar o trabalho manual. Em sua última visita, esteve no Arraial do Ipem e comprou uma bolsa para si mesmo e um porta-chaves para presentear suas amigas. “O porta-chaves é prático por ser pequeno e caber na bolsa."
A artesã há mais de 30 anos, Antônia Mesquita de Jesus, faz artesanatos souvenirs há cerca de quatro anos, e conta que está vendendo bem no Arraial do Ipem. Antônia se interessou por esse tipo de trabalho ao perceber a demanda por lembrancinhas pequenas e práticas, diferentemente das peças grandes que costumava produzir, como bolsas. “Eu passei a criar imãs de geladeira, chaveiros e boizinhos, pois são itens que qualquer pessoa pode levar consigo, especialmente os turistas que têm restrições de peso em suas bagagens. Tenho sido bem-sucedida com os meus souvenirs", afirmou a artesã.
Texto e fotos: Geísa Batista
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