Artesão
transforma restos de árvores em peças exclusivas de madeira no Maranhão
A paixão pela arte e pelo artesanato em madeira tem raízes profundas na memória de infância do artesão Francisco Augusto Batista Braga, um talentoso artesão natural de Maranguape, Ceará. Engenheiro agrônomo de 74 anos chegou a São Luís do Maranhão em 1975. Influenciado pelo seu pai, a curiosidade despertou seu interesse criativo, onde descobriu seu dom de cortar madeira e fazer suas obras de arte que o tornaram o maior especialista em móveis rústicos de alto padrão no Maranhão.
As experiências na infância moldaram os interesses e talento ao longo da vida. O pai do artesão Augusto Braga teve um papel importante nesse processo, incentivando sua criatividade e habilidades. Em sua infância Augusto junto aos seu pai produziam carrinhos e até mesmo uma gaiola mostrava sua dedicação e amor pelo trabalho manual.
O artesão
Augusto, casado com Cléa Faria Bacelar, natural de São Luís, e tem cinco filhos,
todos formados e trabalhando como engenheiros e arquitetos. Alguns dos filhos
colaboram com divulgação, enquanto a esposa atua como sua assessora.
Visão empreendedora
Ele transformou sua paixão pelo artesanato em um negócio de sucesso, a partir de um hobby pessoal, onde sua jornada de auto descoberta e crescimento profissional é um exemplo de determinação e criatividade.
Com o sucesso de suas peças, ele investiu em espaço
para armazenar matéria-prima e em um showroom para expor e comercializar seu
trabalho, estabelecendo uma parceria estratégica com o Hotel Brisa Mar.
Enfrentar o desafio constante de aumentar as vendas, especialmente com suas
peças únicas e sustentáveis, demonstra sua determinação e visão empreendedora.
A Casa de Morros, o ateliê de Augusto, destaca-se pela atenção aos detalhes e à qualidade de cada peça produzida, com tratamentos especiais e precificação justa, valorizando o trabalho artesanal e garantindo a excelência do produto final. A estratégia de aproximar o cliente da Casa de Morros, possivelmente em uma área mais ampla na BR, demonstra uma visão empreendedora e inteligente para expandir a visibilidade e o impacto no mercado, atraindo novos clientes e fortalecendo a reputação do local como referência em peças artesanais de alta qualidade.
Preservação ambiental e qualidade de sua arte
Augusto tem se destaca do pela sua dedicação à preservação ambiental, pela qualidade da sua arte em cada peça e pela constante busca por inovação, elementos fundamentais que contribuem para o sucesso contínuo do seu empreendimento.
“Nas nossas peças nós levamos a natureza para a casa dos nossos clientes, levamos o conceito de sustentabilidade, onde revitalizamos a natureza morta em uma peça viva, nova e com vida longa, perpetuando. Nós usamos os recursos naturais sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. Neste ponto encontramos o equilíbrio entre o econômico e a preservação ambiental”, afirmou o artesão Augusto Braga.
O entusiasta do artesanato maranhense, Carlos Martins acredita na habilidade de transformar objetos em artesanato, de fazer dar certo, ele conhece os trabalhos do artesão e destacou que o trabalho de Francisco Augusto Batista Braga no artesanato maranhense é de alta qualidade e contribui para a preservação ambiental, utilizando madeiras legalizadas e não reaproveitando restos de madeira. “Ele combina artesanato com design contemporâneo, transformando peças reconhecidas em produtos modernos e inovadores. A colaboração com sua esposa, uma arquiteta, traz ideias novas e competitivas para o mercado. Em resumo, Augusto Batista Braga é reconhecido por seu trabalho artesanal reverencial e contemporâneo”, afirmou Carlos Martins.
Arte transformadora
O artesão empreendedor consegue transformar simples peças de madeira em obras de arte poderosas e cheias de significado. Seus clientes se encantam com suas obras, mostrando o quão especial e impactante é o seu trabalho. Nas feiras e eventos em que participa, ele recebe feedbacks positivos, com elogios à sustentabilidade, acabamento e beleza das peças, refletindo seu comprometimento com qualidade e inovação.
“A forma como ele aproveita as
árvores caídas e transforma em obras de arte se torna inspiradora. Ele me
contou que sua imaginação e criatividade fluem durante o processo de criação, permitindo
que novas ideias e peças únicas surjam. A ideia de levar a natureza para dentro
da minha casa, promovendo a sustentabilidade e revitalizando elementos naturais
em peças vivas e duradouras me fascinaram e eu adquiri um lindo conjunto de bancos
em madeira”, afirmou o cliente, Marcos Rocha.
Braga contou que usa partes dos troncos caí dos que não eram utiliza dos e ficavam no mato. “Por algum motivo as árvores caem, ventos, insetos e até mesmo raios, por serem muito grandes. Quando localizo a árvore no chão, às vezes com mais de 20 anos, início o processo com motosserra e de pessoas para ajudar a transportar e facilitar a chega da na oficina. Sem prelevo tudo o que posso das árvores, tento armazenar para começar o tratamento e começar a criar. Muitas imaginações, às vezes começo pensando uma arte e paro depois. Vem outra ideia e dá certo”, conta Augusto Braga.
Equilíbrio entre o econômico e a preservação ambiental
O artesão busca demonstrar em suas
obras que é fundamental para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
O cenário artesanal do artesão com a utilização de máquinas e a industrialização
mantem viva a essência e a autenticidade do artesanato, mesmo diante das mudanças
tecnológicas. Cada peça artesanal carrega consigo a história e a dedicação do
artesão, algo que não pode ser replicado em larga escala.
Além de que ao coletar os materiais para suas obras, ele manter o padrão elevado e preservar a área de colheita demonstrando a responsabilidade ambiental, enquanto a colaboração da esposa, Icléa, que auxilia na produção contribui para a eficiência do processo.
Confira o Instagram da Casa do Morro: https://www.instagram.com/casademorros
Incorpora
a inovação em suas criações
Embora o artesão Augusto Braga não considere sua oficina
Casa de Morros como uma startup, a abordagem criativa e sustentável que é adotada reflete uma mentalidade empreendedora e inovadora, pois seu trabalho utilizando
matéria-prima pós-morte para dar forma às madeiras caídas, revitalizando-as,
traz sustentabilidade ao seu trabalho.
Em seu processo criativo, Augusto utiliza a preservação da área de 180 hectares, na oficina Casa de Morros, e o uso de matéria-prima pós-morte, transforma as madeiras caídas em arte viva, demonstram seu compromisso com a sustentabilidade e a longe vida de suas criações. Além disso, a forma envolve colaboradores no processo, desde a coleta até o tratamento e cuidado das madeiras, promove a inclusão produtiva em seu negócio.
Mesmo sendo um artesão, que trabalha com reutilização de matérias primas, ele incorporou a tecnologia e a transformação digital em seu artesanato, utilizando as redes sociais como ferramenta fundamental para divulgar suas criações únicas e diferenciadas. Suas peças brutas, molda das pela natureza e com detalhes exclusivos, destacam-se por sua organicidade e rusticidade, características que a tecnologia não consegue replicar. O fato de mostrar esses detalhes especiais aos clientes demonstra o cuidado e a autenticidade presentes em cada obra que você produz.
É fundamental incentivar o consumo em pequenos negócios, pois isso contribui diretamente para o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais. Augusto busca promover esse consumo em sua Casa de Morros de diversas formas, como, destacando a qualidade e a singularidade de suas peças, criando campanhas de marketing que ressaltem a história por trás de cada criação, oferecendo descontos especiais para clientes locais e participando de feiras e eventos que valorizem o artesanato tradicional.
Inspirando e Fortalecendo a Comunidade Local
Além disso, o artesão e empresário, Augusto considera fundamental compartilhar seu conhecimento e experiência com a comunidade local. Ele diz que está aberto a promoção de cursos, palestras, workshops sobre técnicas de artesanato, sustentabilidade e empreendedorismo. “Eu estou aberto a realização de ação que, não apenas fortaleça o vínculo com a comunidade, mas também ajudem a disseminar valores importantes e inspirem novos talentos”, afirmou.
O empreendedor afirma que sempre viu a necessidade de orientação e disciplina nos jovens. “Acredito que ao trabalhar com a comunidade, conseguimos incentivar atividades construtivas para afastar os jovens da marginalidade. Acredito ser fundamental que a sociedade como um todo se una para oferecer oportunidades e apoio a esses jovens, para que possam construir um futuro mais promissor”, afirmou Augusto.
Divulgação
e Sucesso
O artesão afirma
que sua prioridade é a produção e divulgação de seu trabalho. Ele menciona que
tem acesso a políticas públicas como os seletivos do Programa de Artesanato Brasileiro
(PAB) e editais abertos pelo governo do estado e órgãos como Sebrae. Além disso,
ele está se preparando para participar da 24ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato
– FENEARTE, em Recife, onde foi aprovado, juntamente com mais seis profissionais
artesãos. “Essa oportunidade é única para nos artesãos, mostrarmos nossos produtos
para um público amplo e diversificado”, afirmou Augusto.
Texto: Geísa Batista |Jornalista Profissional - DRT: 838/MA
Fiquei encantada com as obras do artesão. Uma matéria linda! Muito lindo e interessante a abordagem!
ResponderExcluirA matéria está excepcionalmente bem escrita, não apenas pelo trabalho da jornalista Geísa Batista, mas também pelo tema abordado. Cada palavra está cuidadosamente escolhida para expressar com clareza o que significa viver e amar a natureza. Parabéns pelo belo trabalho!
ResponderExcluir