Há 20 anos, Simão dos Santos, de 57 anos,
vive da pesca usando uma canoa que percorre os igapós da floresta alagada pelas
águas do igarapé Mauazinho, um braço do rio Negro, na zona leste de Manaus. Na
região, ele tirava até 200 peixes num só dia. Apesar de estarmos no mês
setembro, período da fartura do pescado, o barco do pescador está vazio.
O motivo da falta de peixes é que no último
dia 27 de agosto, 1.800 litros de óleo combustível, que tem alta concentração
de enxofre, vazaram de um rebocador que naufragou no Porto da Ceasa. A
embarcação pertence à empresa J F de Oliveira Navegação, que faz parte do Grupo
Chibatão, responsável pelo principal porto privado que atende às indústrias da
Zona Franca de Manaus. A empresa ainda não foi multada pelo crime ambiental.
“Só que agora não está dando nada, por causa
do óleo”, lamenta o pescador Simão. “O peixe sente o óleo e atravessa para o
outro lado, não passa aqui de jeito nenhum.”
Resignado, o pescador diz que a única solução
agora é esperar. “A gente tem que aguardar, né? Esperar passar o óleo, quando
(o rio) secar mais, que é para levantar esse óleo. Enquanto não sair o óleo de
dentro da água não fica bom”, continua a lamentar, enquanto mostra a parte
externa da canoa, escurecida pelo óleo.
Confirma a matéria completa no
site Amazonia.org
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