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A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA) realiza, no dia 30 de outubro, o II Seminário “Cannabis, saúde e direitos humanos: debatendo acesso, cuidado e justiça social”, um evento que promete ampliar o diálogo sobre o uso terapêutico da maconha, as políticas públicas e os saberes ancestrais ligados às plantas de cura.
O evento acontece das 8h às 17h, no Auditório Ada Valentina, na sede da Defensoria, com transmissão ao vivo pelo canal youtube.com/defensoriama.
A iniciativa é fruto da interlocução entre a DPE/MA, a Escola Superior da Defensoria Pública e a Associação Acolhedeira, entidade social maranhense que atua na pesquisa e acolhimento, promovendo acesso democrático às terapias à base de plantas como a Cannabis.
Segundo o pesquisador Ricardo Monteles, um dos painelistas do seminário, a programação foi construída para contemplar “as mais diversas dimensões possíveis de serem discutidas em um único dia, desde a pesquisa científica até os aspectos culturais e jurídicos associados à cannabis".
“Vamos debater ciência, políticas públicas, direitos humanos, regulamentação do cultivo de cannabis e conhecimentos ancestrais, com destaque para a presença de mulheres e lideranças indígenas, que têm muito a nos ensinar sobre o uso ancestral dessa planta”, destacou Monteles, professor e pesquisador da UFMA, com pós doutoramento pelo Instituto do Cérebro da UFRN.
Ao longo do dia, o público poderá acompanhar quatro painéis temáticos que percorrem diferentes perspectivas sobre a cannabis. O primeiro apresentará um panorama das pesquisas científicas sobre a planta; o segundo debaterá as políticas de drogas e o direito à saúde; o terceiro painel tratará do cultivo e uso medicinal da cannabis, com a presença de parlamentares, juristas e representantes de movimentos sociais; e o quarto e último painel abordará as culturas e saberes anticoloniais da cannabis, com a participação de lideranças indígenas e mulheres que preservam conhecimentos ancestrais sobre o uso de plantas medicinais como a cannabis.
A Acolhedeira, que coorganiza o evento, tem desempenhado papel fundamental no diálogo entre ciência, comunidades e instituições públicas. “Nosso trabalho é articular ciência, acolhimento e advocacy, reconhecendo os saberes ancestrais e promovendo mudanças estruturais na forma como a sociedade enxerga plantas medicinais e psicoativas como a cannabis”, explica a associação.
O coletivo mantém parcerias e termos de cooperação técnico-científica com universidades, órgãos públicos e entidades civis — entre elas a própria Defensoria Pública, que apoiou juridicamente o processo de habeas corpus para o cultivo associativo de maconha medicinal no Maranhão.
Mais do que um encontro técnico, o seminário busca quebrar tabus e estimular o respeito às bases ancestrais e acadêmicas do conhecimento sobre a planta. “Todo uso de cannabis é, de alguma maneira, terapêutico”, reforça Monteles. “E esse tipo de evento é essencial para que as pessoas compreendam o potencial terapêutico, político e social dessa planta, para além dos estigmas e preconceitos.”
O II Seminário “Cannabis, saúde e direitos humanos” é aberto ao público, com inscrição gratuita e se destina a profissionais da saúde, estudantes, pesquisadores, advogados, jornalistas, lideranças comunitárias e pessoas interessadas em compreender a maconha sob a ótica dos direitos humanos.
📍 Serviço
Evento: II Seminário “Cannabis, saúde e direitos humanos: debatendo acesso, cuidado e justiça social”
Data: 30 de outubro, das 8h às 17h
Local: Auditório Ada Valentina, sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, em São Luís.
Link de inscrição: https://forms.gle/s2YapwXFaK52o5hX8
Transmissão: youtube.com/defensoriama
Realização: DPE/MA, Escola Superior da DPE e Associação Acolhedeira
Texto: Geíza Batistta
Jornalista – Blog Jornalismo Sustentável
📎 Com informações da Defensoria Pública do Estado do Maranhão e da Associação Acolhedeira.

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