Índios Pukobjê-Gavião da Terra Indígena Governador, em Amarante (MA), apreenderam, no mês de janeiro, quatro caminhões e um trator que transportavam cerca de 20 metros cúbicos de ipê e de sapucaia derrubados por madeireiros que atuavam irregularmente no interior da terra indígena. Com medo de represálias dos madeireiros, os índios pedem a presença da Polícia Federal na reserva indígena.
A apreensão provocou revolta de moradores da cidade e continua gerando medo entre os índios, que, mesmo assim, prometem agir para impedir que os madeireiros continuem agindo impunemente. "Estava demais. Eles estavam se aproximando cada vez mais das nossas aldeias, nos desrespeitando e levando nossas árvores", disse à Agência Brasil, por telefone, Ubirajara Guará, cacique da Aldeia Nova, uma das três existentes no interior da reserva.
Os Pukobjê-Gavião temem que, sem a presença da Polícia Federal (PF) na área, os madeireiros prejudicados pela iniciativa indígena cumpram os boatos que têm corrido na cidade. "Andam dizendo que madeireiros prometeram pegar um por um os líderes das três aldeias. Isso quem disse foram as pessoas de fora da aldeia com quem temos contato. Tememos que aconteça algo como o que já ocorre em várias partes do país, onde índios são mortos. Por isso pedimos a presença da Polícia Federal”, disse o cacique.
Segundo ele, ao menos um índio foi agredido durante os tumultos ocorridos em Amarante na semana passada. Nesta semana, desconhecidos sabotaram o fornecimento de energia elétrica para a Aldeia Nova e espalharam tábuas com pregos na estrada próxima à entrada do local. Além disso, alguns comerciantes deixaram de atender aos índios.
Inicialmente, nem os próprios policiais federais e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) escaparam de ser alvo dos protestos de pessoas contrárias à iniciativa indígena. Procurada, a assessoria da PF revelou que uma das viaturas policiais foi atingida por dois tiros durante os protestos da semana passada.
O gerente executivo substituto do Ibama em Imperatriz, Felippe Dias Lucas, disse à Agência Brasil que ele e outro fiscal ambiental, além de seis policiais federais, foram impedidos, por falta de segurança, de levar para Imperatriz (MA) os caminhões e o trator apreendidos pelos índios, tendo que permanecer na aldeia até que policiais militares deslocados de cidades próximas chegassem à Amarante. Segundo Lucas, ao menos 60 pessoas participavam dos protestos e muitas estavam visivelmente alcoolizadas.
“Fomos acionados pelos próprios índios e chegamos à aldeia por volta do meio-dia do dia 15. Só então soubemos da manifestação na cidade e que populares, provavelmente incitados por madeireiros, tinham feito uma barreira na estrada que liga a aldeia ao município. O delegado federal tentou negociar com alguns manifestantes o fim do bloqueio, mas como não obteve sucesso, tivemos que permanecer na aldeia até a madrugada do dia seguinte, quando chegou reforço policial e o número de manifestantes diminuiu”, disse o gerente executivo a Agência Brasil.
Após essa primeira tentativa, as autoridades retornaram a Amarante na madrugada de quinta-feira (17). Dessa vez o grupo era formado por 16 agentes federais, 30 policiais militares e servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo a assessoria da PF em Imperatriz, o aparato policial serviu para coibir novos protestos e o grupo, enfim, conseguiu transferir os veículos apreendidos para o pátio da Funai, em Imperatriz. Já a madeira extraída ilegalmente permanece na aldeia, à espera de que o Ibama conclua o processo de apreensão (Fonte Ciclo Vivo).
A apreensão provocou revolta de moradores da cidade e continua gerando medo entre os índios, que, mesmo assim, prometem agir para impedir que os madeireiros continuem agindo impunemente. "Estava demais. Eles estavam se aproximando cada vez mais das nossas aldeias, nos desrespeitando e levando nossas árvores", disse à Agência Brasil, por telefone, Ubirajara Guará, cacique da Aldeia Nova, uma das três existentes no interior da reserva.
Os Pukobjê-Gavião temem que, sem a presença da Polícia Federal (PF) na área, os madeireiros prejudicados pela iniciativa indígena cumpram os boatos que têm corrido na cidade. "Andam dizendo que madeireiros prometeram pegar um por um os líderes das três aldeias. Isso quem disse foram as pessoas de fora da aldeia com quem temos contato. Tememos que aconteça algo como o que já ocorre em várias partes do país, onde índios são mortos. Por isso pedimos a presença da Polícia Federal”, disse o cacique.
Segundo ele, ao menos um índio foi agredido durante os tumultos ocorridos em Amarante na semana passada. Nesta semana, desconhecidos sabotaram o fornecimento de energia elétrica para a Aldeia Nova e espalharam tábuas com pregos na estrada próxima à entrada do local. Além disso, alguns comerciantes deixaram de atender aos índios.
Inicialmente, nem os próprios policiais federais e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) escaparam de ser alvo dos protestos de pessoas contrárias à iniciativa indígena. Procurada, a assessoria da PF revelou que uma das viaturas policiais foi atingida por dois tiros durante os protestos da semana passada.
O gerente executivo substituto do Ibama em Imperatriz, Felippe Dias Lucas, disse à Agência Brasil que ele e outro fiscal ambiental, além de seis policiais federais, foram impedidos, por falta de segurança, de levar para Imperatriz (MA) os caminhões e o trator apreendidos pelos índios, tendo que permanecer na aldeia até que policiais militares deslocados de cidades próximas chegassem à Amarante. Segundo Lucas, ao menos 60 pessoas participavam dos protestos e muitas estavam visivelmente alcoolizadas.
“Fomos acionados pelos próprios índios e chegamos à aldeia por volta do meio-dia do dia 15. Só então soubemos da manifestação na cidade e que populares, provavelmente incitados por madeireiros, tinham feito uma barreira na estrada que liga a aldeia ao município. O delegado federal tentou negociar com alguns manifestantes o fim do bloqueio, mas como não obteve sucesso, tivemos que permanecer na aldeia até a madrugada do dia seguinte, quando chegou reforço policial e o número de manifestantes diminuiu”, disse o gerente executivo a Agência Brasil.
Após essa primeira tentativa, as autoridades retornaram a Amarante na madrugada de quinta-feira (17). Dessa vez o grupo era formado por 16 agentes federais, 30 policiais militares e servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo a assessoria da PF em Imperatriz, o aparato policial serviu para coibir novos protestos e o grupo, enfim, conseguiu transferir os veículos apreendidos para o pátio da Funai, em Imperatriz. Já a madeira extraída ilegalmente permanece na aldeia, à espera de que o Ibama conclua o processo de apreensão (Fonte Ciclo Vivo).
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