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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Turismo e Artesanato como Vetores de Desenvolvimento Sustentável


O turismo e o artesanato têm se destacado como pilares essenciais do desenvolvimento econômico e social no Brasil, especialmente em regiões que enfrentam desafios de infraestrutura e geração de emprego. A integração desses dois setores não apenas preserva a cultura local, mas também impulsiona atividades econômicas que beneficiam micro e pequenas empresas, cooperativas e comunidades tradicionais. Essa conexão vem sendo fortalecida por iniciativas que valorizam a sustentabilidade e a inovação.

No cenário nacional, o Sistema Nacional de Fomento (SNF) desempenha um papel crucial ao oferecer crédito e apoio técnico para pequenas e médias empresas, além de projetos que promovem a sustentabilidade no turismo e a valorização do artesanato local. Programas como o Prodetur+Turismo e linhas de crédito específicas, disponibilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e por bancos regionais de fomento, possibilitam que milhares de artesãos e empreendedores do turismo acessem recursos fundamentais para a modernização e expansão de suas atividades.

Na região Nordeste, que concentra uma rica diversidade cultural e natural, o turismo de base comunitária aliado ao artesanato se destaca como uma alternativa eficaz para enfrentar a sazonalidade do setor e promover a inclusão social. Segundo o Ministério do Turismo, em 2023, mais de 50% das empresas cadastradas no Cadastur, sistema que reúne prestadores de serviços turísticos, pertenciam a micro e pequenas empresas. Esse dado revela a importância de um ecossistema econômico robusto, incentivado por políticas públicas.

O artesanato, por sua vez, reflete a identidade cultural de diversas localidades, tornando-se um atrativo para turistas em busca de experiências autênticas. Em cidades como São Luís, no Maranhão, artesãos produzem peças que carregam referências da cultura afro-brasileira e indígena, contribuindo para a preservação do patrimônio imaterial da região. O apoio do SNF tem sido vital na formalização e inovação dessas iniciativas, promovendo acesso a novos mercados e tecnologias que valorizam as produções artesanais.

As práticas de sustentabilidade ocupam um lugar central nas políticas de fomento do SNF. Programas como o ABC+, voltado para a agricultura de baixo carbono, têm influenciado diretamente o setor artesanal ao promover o uso de materiais reciclados ou de baixo impacto ambiental nas produções. Dessa forma, o SNF alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, assegurando que o desenvolvimento econômico ocorra em harmonia com a preservação ambiental.

 

Impacto do Turismo e Artesanato na Geração de Emprego

O turismo e o artesanato, ao se interligarem, emergem como importantes geradores de emprego. Estima-se que o setor de turismo no Brasil empregue diretamente mais de 7 milhões de pessoas, muitas delas envolvidas em atividades artesanais que complementam a oferta turística. O artesanato, por sua vez, movimenta uma cadeia produtiva que abrange desde a produção até a comercialização, envolvendo comunidades que, frequentemente, dependem exclusivamente dessa renda.

As iniciativas do SNF têm fortalecido o artesanato e o turismo como motores de inclusão social e desenvolvimento econômico, especialmente em regiões menos favorecidas. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o fortalecimento desses setores é uma estratégia crucial para garantir a distribuição mais equitativa de renda e oportunidades, além de preservar a rica diversidade cultural que caracteriza a nação.

Assim, as ações do Sistema Nacional de Fomento, ao apoiar o turismo e o artesanato, não apenas contribuem para o crescimento econômico, mas também reforçam o papel dessas atividades na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.

 

Fortalecimento do Artesanato e Turismo: Impacto Econômico e Social

De acordo com o Ministério do Turismo, o número de empreendedores e empresas cadastradas no Cadastur vem crescendo continuamente. Até 2023, mais de 120 mil prestadores de serviços turísticos estavam registrados, o que garante acesso a linhas de crédito, capacitação e participação em eventos de promoção turística.

Nos últimos quatro anos, triplicou o número de empresas maranhenses incluídas no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo (Mtur). Em dezembro de 2019 eram 1.258 registros. Já em dezembro de 2023, havia 3.951 registros, um aumento de 68%. Os números são do levantamento feito pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur-MA), que coordena o serviço no Maranhão.

"O Cadastur tem sido uma ferramenta essencial para fortalecer o turismo no estado, especialmente na formalização dos prestadores de serviços turísticos. Ao se cadastrarem, as empresas têm a possibilidade de acessar linhas de crédito oferecidas pelo Fundo Geral do Turismo (FUNGETUR), através de instituições como o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. Esses recursos permitem que os empreendedores invistam na melhoria de seus negócios, modernizando a estrutura e capacitando suas equipes. Além disso, a formalização abre portas para a participação em feiras, eventos e ações de promoção do turismo, ampliando a visibilidade dos prestadores de serviços turísticos e demais agentes do setor. O resultado é uma maior integração entre o turismo e seus empreendedores, gerando mais oportunidades e desenvolvimento para as comunidades locais", afirma Werllem Frazão, coordenador do Cadastur no Maranhão.

Além de ser um recurso valioso para turistas, o Cadastur oferece uma série de benefícios aos participantes. Isso inclui acesso a financiamentos, oportunidades exclusivas de capacitação, suporte em feiras e eventos promovidos pelo Governo do Estado e pelo Ministério do Turismo (Mtur), incentivo à participação em programas e projetos do Governo Federal, além de visibilidade nos sites do MTur e do Cadastur.

O turismo no Brasil gera mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos, representando uma importante fonte de renda para diversas regiões do país, especialmente aquelas que integram atividades de turismo e artesanato.

"O apoio financeiro que recebemos através das linhas de crédito voltadas ao turismo e ao artesanato foi fundamental para a modernização do nosso ateliê. Conseguimos adquirir novos equipamentos e investir em técnicas sustentáveis, como o uso de materiais recicláveis nas nossas peças. Além disso, a promoção do turismo na nossa região trouxe mais visibilidade para o nosso trabalho, gerando um aumento nas vendas. Esse incentivo ao artesanato é uma forma de preservar nossa cultura e, ao mesmo tempo, garantir a geração de renda para muitas famílias que dependem dessa atividade", destaca a artesã e empreendedora Maria Clara Silva.

Mais de 50% dos prestadores de serviços turísticos registrados no Cadastur são micro e pequenas empresas, evidenciando o papel crucial desse segmento no desenvolvimento local e na geração de emprego, especialmente em áreas menos favorecidas economicamente. O Prodetur+Turismo, uma das principais linhas de crédito do Ministério, já aprovou mais de R$ 3,5 bilhões para projetos que visam modernizar e ampliar a infraestrutura turística no país, além de incentivar o turismo sustentável e a valorização do artesanato local.

Em 2023, o turismo brasileiro registrou um faturamento de R$ 238,6 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Turismo, representando um crescimento significativo no setor. Esse aumento reflete o fortalecimento de iniciativas de fomento e o incremento no número de turistas, tanto nacionais quanto internacionais.

Dados do Ministério do Turismo (MTur) ajudam a demonstrar a relevância do turismo e do artesanato no desenvolvimento econômico do país, reforçando a importância de políticas públicas e ações de fomento como as promovidas pelo SNF e pelo Ministério do Turismo.

Texto: Geísa Batista

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