Do pneu à esperança: artesãos reinventam a vida com criatividade e propósito
.jpeg)
Para muitos, pneus velhos são apenas lixo. Para eles, são matéria-prima para um novo começo.
Fábio precisou reinventar sua vida após um grave acidente em 2011, que o deixou com seis hérnias de disco e dois anos sem andar. Durante sua reabilitação na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), reencontrou o gosto pelo artesanato. Viu em pneus abandonados o potencial para criação e geração de renda. Inspirado por peças artesanais que viu em uma feira, começou a recolher pneus descartados em borracharias e, de forma autodidata, passou a transformá-los em puffs, mesas e luminárias.
“Eu sempre gostei de criar com as mãos. Fiz uma peça, vendi, e não parei mais. Hoje, ensino o que aprendi, porque sei que isso pode mudar vidas”, afirma Fábio, que já ministrou oficinas para jovens em situação de vulnerabilidade com apoio da Vale S.A. (Vale), do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) e de organizações não governamentais (ONGs) locais.Seu ateliê começou no terraço de casa, com apoio da esposa e do cunhado. Hoje, ele é permissionário no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (CEPRAMA), onde mantém um box junto à Federação Arte Paço, ao lado de outras artesãs do município. Seu sonho é expandir sua atuação com uma oficina própria e novas parcerias, como com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A história de Celso Costa também nasceu da necessidade de ressignificar a vida após um acidente que o afastou do trabalho como porteiro em uma rádio. Ao participar de uma exposição comunitária, conheceu o artesanato com pneus e se encantou. “Comecei por brincadeira e percebi que era possível proteger o meio ambiente e ainda gerar renda”, conta. Desde então, realiza oficinas em comunidades e eventos em São Luís (MA) e Paço do Lumiar, capacitando novos artesãos e promovendo práticas sustentáveis.As trajetórias de Fábio e Celso são exemplos vivos de como o empreendedorismo social aliado à sustentabilidade pode transformar desafios em oportunidades, promover o desenvolvimento territorial e inspirar outras pessoas. Ao retirarem pneus do descarte irregular e os transformarem em móveis e objetos decorativos, eles geram valor ambiental, cultural e econômico.
Mais do que artesãos, Fábio e Celso são agentes de transformação. Com coragem, criatividade e um pneu nas mãos, provaram que é possível reconstruir a própria história, e ainda abrir caminhos para que outros façam o mesmo.
Texto: Geíza Batistta – Jornalismo Sustentável

.jpeg)

.jpeg)

.jpeg)


.jpeg)


.jpeg)




.jpeg)

.jpeg)

.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)


Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para o bom andamento deste trabalho, faça sua observação e sugestão. Sinta-se a vontade para comentar. Obrigada!