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sexta-feira, 15 de março de 2024

Parceria entre Setur e Seap promoverá exposição e comercialização de artesanatos produzidos por apenados

 15/03/2024

Nesta quarta-feira (12), a equipe técnica do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), reuniu-se com profissionais da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) para avaliar as peças artesanais feitas pelos apenados do Sistema Penitenciário do Maranhão. A parceria entre a Setur e a Seap tem como objetivo facilitar a venda dos artesanatos produzidos pelos detentos, e organizar uma exposição no Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizado no Espigão Costeiro, em São Luís.

Conforme afirmou a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo, essa ação não apenas evidencia o talento e as habilidades dos detentos, mas também proporciona uma chance para que suas criações sejam apreciadas e adquiridas pelo público em geral. "A colaboração entre a Setur e a Seap reflete um compromisso conjunto em promover a valorização do trabalho artesanal, e em oferecer oportunidades para a reintegração social por meio do turismo e da cultura", declarou.

A parceria entre Setur e Seap seguirá os seguintes procedimentos: a coordenação do PAB realiza avaliação das peças artesanais (curadoria) e fornece orientações sobre quais poderão ser escolhidas para a exposição no CAT do Espigão; posteriormente, as peças selecionadas serão expostas e comercializadas no Centro de Produção de Artesanato do Maranhão (Ceprama), também em São Luís. Como parte desse processo, os apenados artesãos serão oficialmente reconhecidos pelo PAB e receberão a Carteira do Artesão, garantindo a eles todos os benefícios associados à profissão.

Curadoria: critérios e impactos na seleção de artesanatos

A iniciativa foi coordenada e organizada pela coordenação do PAB, juntamente com a coordenação da oficina de artesanato da Seap, encarregada de escolher os artesanatos a serem apresentados.

Conforme explicado por Liliane Castro, coordenadora do PAB no Maranhão, a avaliação realizada pela curadoria baseia-se em critérios conceituais, levando em consideração a técnica empregada na produção artesanal. É essencial que as obras expressem criatividade, identidade cultural, habilidade e qualidade. 

A aprovação dos trabalhos é concedida àqueles que atendem a tais requisitos, em contraste com trabalhos meramente manuais. Os selecionados são os que se alinham com a base conceitual e demonstram criatividade, referência cultural e acabamento de qualidade.

Segundo ressaltou o coordenador da oficina de artesanato da Seap, Wellington Aires, o trabalho artístico desempenha um papel fundamental na ressocialização de indivíduos privados de liberdade, oferecendo benefícios terapêuticos e oportunidades de reinserção social. 

“Ao participar de oficinas de arte e artesanato, os detentos têm a oportunidade de adquirir novas habilidades, explorar sua criatividade e trabalhar em projetos significativos. Isso não apenas oferece uma perspectiva positiva para o futuro, mas também pode influenciar positivamente sua atitude em relação à sociedade e à reintegração após o cumprimento da pena”, afirmou.

Após a curadoria dos artesanatos pela equipe do PAB, os escolhidos seguirão para a exposição no CAT do Espigão, um local frequentado por turistas e visitantes que buscam informações sobre pontos turísticos, cultura e gastronomia.

Durante esse processo, os artesãos reclusos serão oficialmente credenciados no PAB e receberão reconhecimento por meio da Carteira do Artesão. Por fim, os itens escolhidos estarão disponíveis para exibição e venda no Ceprama.

Artesanato Sustentável e Social 

Cleber Martins, supervisor de controle e produção da Seap, afirma que os insumos usados na oficina de artesanato são de reaproveitamento de outras oficinas, seguindo o compromisso com a sustentabilidade e a criatividade. 

“Para que os resíduos possam ser reutilizados, estes são classificados e caracterizados de acordo com suas características. Assim, o seu reaproveitamento irá permitir uma reutilização sem perda significativa da sua qualidade inicial”, afirmou.

Martins informa, ainda, que os valores adquiridos com a venda das peças contribuem para custear parte dos gastos do sistema penitenciário, promovendo uma espécie de ciclo positivo. Além disso, os internos podem receber remuneração e ter redução da pena por meio do trabalho, fator muito significativo para a ressocialização e reeducação deles.

A gestora estadual de Turismo no Maranhão, Socorro Araújo, acrescenta que "essas atividades não apenas geram renda para os detentos, mas também oferecem uma oportunidade de interação com a comunidade em geral, evidenciando suas habilidades e estabelecendo parcerias com pessoas interessadas em apoiar o sistema prisional local".

Texto: Geísa Batista / Foto: Gilson Mota

Fonte: https://turismo.ma.gov.br/noticias/parceria-entre-setur-e-seap-promovera-exposicao-e-comercializacao-de-artesanatos-produzidos-por-apenados

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