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segunda-feira, 13 de abril de 2015

SEMA discute situação da Reserva Biológica do Gurupí (Rebio Gurupí)

Foto: SEMA
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) recebeu servidores ICMBio para tratar do desmatamento ilegal na Reserva Biológica do Gurupí. A área em questão representa o último fragmento da floresta amazônica do Maranhão, denominado, “Amazônia Maranhense”. Em muitos anos de história da Rebio Gurupí, esta é a primeira vez que um secretário de estado do Meio Ambiente recebe parte do corpo técnico da instituição, para discutir questões pertinentes e conservação e manutenção da área.

A Rebio Gurupí, desde sua criação em 1988, sofre com o problema do  desmatamento ilegal realizado por grupos madeireiros, fazendeiros e pequenos agricultores, que vivem dentro dos limites da reserva, destroem a floresta com retirada de minério, contrabando de animais silvestres, criação de gado e práticas de agricultura de subsistência. Há também conflitos entre colonos, grileiros, sem-terra, e povos indígenas aliciados pelo garimpo.  Todos estes fatores colocam em risco a existência da Reserva, a sua grande  biodiversidade e da vida dos povos que habitam as três terras indígenas que a circundam: Alto Turiaçú, Awá e Caru. Na Rebio, são encontrados os seguintes ambientes: matas de igapó, terra firme, com sub-bosque aberto e fechado, e matas de cipó. Rica em biodiversidade, a Rebio Gurupi é a única unidade de conservação de proteção integral da amazônia

 As pesquisas sobre biodiversidade na Rebio Gurupi têm contribuído para o avanço de políticas públicas que favorecem a manutenção do território. Nela, há duas bases do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio, que trabalha em conjunto com o Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG, a rede de instituições do Programa de Pesquisa em Biodiversidade - PPBio Amazônia Oriental e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia. Graças aos estudos feitos na Rebio, foram encontradas novas ocorrências de espécies de aves, répteis e outros grupos de animais (muitas endêmicas, raras, e em risco de extinção), e constatou-se que, apesar da destruição já sofrida, ainda há muito a se conhecer sobre a biodiversidade da fauna e flora do local. Também foi formado, em 2013, o Conselho Consultivo da Rebio Gurupi, que conta com a participação de diversos atores do poder público, sociedade civil, e instituições de pesquisa, e pretende continuar a gestão do plano de manejo da Reserva, elaborado em 1999.           

Com o objetivo de auxiliar na luta e defesa da Rebio Gurupí, o Museu Goeldi do estado do Pará criou a Campanha SOS Gurupi, para dar visibilidade à importância da manutenção da Reserva Biológica do Gurupi. Para maiores informações acessar ao site:www.museu-goeldi.br/sosgurupi/

Participaram da reunião além dos representantes do ICMBio, o secretário Marcelo Coelho, secretários-adjuntos Antônio Rosendo Jr. e Liene Pereira, os superintendentes do setor Florestal e do Licenciamento, Fábio Souza e Diego Matos e a servidora Jane Cavalcante, representante da SEMA, no Conselho Consultivo da Rebio Gurupí.

Reserva Biológica do Gurupi (Rebio Gurupí)

BIOMA: Amazônia
ÁREA: 271.197,51 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Dec nº 95.614 de 12 de janeiro de 1988
COORDENAÇÃO REGIONAL / VINCULAÇÃO: CR4 – Belém
ENDEREÇO / CIDADE / UF / CEP: BR 222 KM 12, Pequiá  Açilandia/MA – CEP: 65.930-000
TELEFONE: (99) 3535-5332 / 3535-5568

Fonte: SEMA

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