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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

SEMA comemora o Dia mundial das Zonas Úmidas com Expedição Científica para o Parcel de Manoel Luís


Saída da equipe da SEMA.

            Na ultima sexta-feira, 30 de janeiro de 2015, a SEMA iniciou a expedição científica ao Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís (PEMPL). Esta será a primeira vez que técnicos da Secretaria retornam a unidade de conservação para esta finalidade desde a sua criação.
        A atividade será o referencial de comemoração ao dia 02 de fevereiro, Dia Mundial das Zonas Úmidas no Estado do Maranhão. Na ocasião se dará abertura à uma jornada científica que viabilizará expedições compostas por pesquisadores que estudarão aspectos ambientais e paisagísticos do Parque, visando subsidiar futuramente a elaboração do seu Plano de Manejo.
        O PEMPL, juntamente com as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) da Baixada e Reentrâncias Maranhenses, se constituem em Zonas úmidas de importância internacional no país, de acordo com os critérios estabelecidos pela Convenção de Ramsar, que se constitui num tratado inter governamental que estabelece marcos para ações fundamentadas no reconhecimento, pelos países signatários, da importância ecológica e do valor social, econômico, cultural, científico e recreativo de tais áreas.
        Em setembro de 1993, o Brasil assinou a convenção, passando a ter acesso aos benefícios como cooperação técnica e apoio financeiro para promover a utilização dos recursos naturais dessas áreas de forma sustentável, favorecendo a implantação de um modelo de desenvolvimento que proporcione qualidade de vida aos seus habitantes.
        "A SEMA, com o intuito de cumprir com sua responsabilidade de gestora do PEMPML, vem assumindo o dever de zelar pela conservação da área, capacitando o seu quadro técnico com cursos de mergulho autônomo, para atuação em atividades cientificas e de fiscalização ambiental no local, uma vez que se constitui num espaço essencialmente subaquático cuja maior vocação concorre para realização de atividades desta natureza, o que representa um grande avanço para o gerenciamento da unidade", disse a Superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da SEMA, Janaína Gomes Dantas.
        O Maranhão é o estado brasileiro com maior representação de sítios ramsar em território nacional, com três dos 12 sítios brasileiros. Sendo eles:

Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís

        Criado pelo Decreto Estadual N°11.902 de 11 de junho de 1991, o Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, com área de 45.237,9 ha composta pelos bancos de Manuel Luís, do Álvaro e do Tarol, fica localizado a 86 km do Arquipélago de Maiaú e a 180 km da cidade de São Luís- MA. Constituem-se nas únicas formações coralíneas com corais vivos identificadas na costa Norte brasileiro, sendo uma área de afloramentos rochosos que dão origem a um extenso banco de corais que favorecem a ocorrência de algas, cnidários e esponjas. A região é um berçário de infinitas espécies marinhas, entre as quais peixes de interesse comercial como o dentão, a garoupa, a acaranha, o xaréu, a guaiúba, e outros, que utilizam o local como sítio de alimentação, desenvolvimento e reprodução. Criado com o objetivo de preservar a fauna e a flora marinhas, constitui-se em uma das mais relevante matrizes de espécies do Atlântico Sul, cuja importância ecológica enquanto ambiente recifal foi ratificada no ano 2000 quando foi reconhecido como Sítio Ramsar.

Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense

        Criada pelo Decreto Estadual Nº 11.900 de 11 de Junho de 1991, com uma área de 1.775.035,6 ha; localiza-se na região continental de oeste a sudeste da Baía de São Marcos, estendendo-se nos baixos cursos dos rios Mearim e Pindaré e médios e baixos cursos do rio Pericumã. Representa o maior conjunto de bacias lacustres do Nordeste e um dos mais belos conjuntos de lagos e lagoas naturais do Brasil. Possui características fisiográficas marcantes como terras baixas, planas, inundáveis, caracterizada por campos, matas de galeria, manguezais e bacias lacustres. Solo argiloso, pouco consolidado com grande retenção de água. Na época das chuvas, de dezembro a julho, os campos baixos ficam alagados, com grande diversidade de macrófitas, restando “ilhas” de terras firmes. Destaca-se na vegetação a castanheira, gameleira, embaúba, o cedro, o babaçu, buritis e aninga. As aves são abundantes como o maguari, socozinho, socó-boi, maracanã-do-buriti, marrecas, com destaque para a jaçanã e para a japiaçoca. Recebeu em 2000 o título de sítio Ramsar, e atualmente encontra-se em execução a elaboração do Plano de Manejo, viabilizado por recursos de compensação ambiental.


Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses
  
        Criada pelo Decreto Estadual Nº 11.901 de 11 de Junho de 1991, com uma área de 2.680.911,2 hectares; fica localizada no litoral ocidental maranhense, entre a desembocadura da baía de São Marcos e a foz do rio Gurupi. Constituída por  uma imensa região recortada por baías, enseadas, ilhas, e aluviões campestres é caracterizada por uma extensa floresta de manguezais de até 30 metros de altura, apresentando elevada produtividade pesqueira em toda sua extensão, de onde sobrevivem  pescadores artesanais que representam uma parte de sua população, o que justificou inclusive a criação de uma reserva extrativista em seus limites, a Reserva Extrativista de Cururupu. A unidade é fundamental como área de conservação de várias espécies marinhas, como  répteis e mamíferos aquáticos destacando-se a tartaruga de pente, o peixe-boi e o boto-cinza; além de aves costeiras como o guará que usa a APA como local de reprodução e as gaivotas e maçaricos que realizam migrações intercontinentais. A APA das Reentrâncias Maranhenses recebeu em 1993 a titulação de Sítio Ramsar, Zona Úmida de Importância Internacional e de Rede Hemisférica de Reservas de Aves Limícolas, por se tratar da segunda melhor área de alimentação para aves migratórias na América do Sul. Atualmente encontra-se em execução a elaboração do Plano de Manejo, viabilizado por recursos de compensação ambiental.( Fonte: Shirley Leão)

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