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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Candidatos ao Governo do Maranhão falam de suas propostas para o Meio Ambiente

O Maranhão é um estado de excelente situação geográfica e fartos recursos naturais. Segundo dados do IBGE, possui 3,90% da área do Brasil e 21,35% da Região Nordeste, sendo o segundo maior estado em extensão na região e o oitavo maior do país.

Com acesso ao oceano Atlântico e com rios que se distribuem por toda sua extensão, é o estado que menos sofre com a escassez de água no Nordeste. Além disso, tem o privilégio de reunir diferentes ecossistemas, com manguezais, campos inundados, florestas de babaçuais, bacias lacustres e matas ciliares. No entanto, o potencial natural do Maranhão é mal explorado, acarretando prejuízos imensuráveis para a fauna e flora local.

A boa utilização dos recursos naturais e a preservação da natureza também devem ser preocupação do poder público. E, com as proximidades das eleições estaduais, é preciso saber o que cada candidato pensa sobre o tema e quais suas promessas para a conservação do meio ambiente.

Os seis candidatos ao Governo do Estado – Flávio Dino (PCdoB), Josivaldo Correa Silva (PCB), Lobão Filho (PMDB), Luis Antônio Pedrosa (PSOL), Saulo Ancageli (PSTU) e Zeluis Lago (PPL) –, que tem, em seus Planos de Governo, propostas sobre meio ambiente.

“Utilizaremos projetos pedagógicos libertadores”
Luis Antonio Pedrosa (PSOL)

Para Luis Antonio Pedrosa, a questão do meio ambiente não deve ser encarada separadamente da questão desenvolvimento. “No Maranhão, o modelo de desenvolvimento é a principal ameaça aos nossos ecossistemas. Portanto, é preciso incidir nas políticas que subordinam o Estado aos interesses dos grandes grupos econômicos, como o agronegócio, a especulação imobiliária e os grandes projetos”, defende o candidato do PSOL.

Segundo ele, é necessário planejar o desenvolvimento levando em consideração as peculiaridades de cada região e de cada ecossistema, dando como exemplo a especulação imobiliária na região metropolitana de São Luís, que precisa ser regulada para preservar os rios, praias e cursos d’água. Pedrosa ainda entende que é necessário recuperar os mananciais, promovendo a regularização fundiária para prevenir a ocupação desordenada do solo. Isso tudo, articulado com criação de mais unidades de conservação, inclusive dentro dos limites urbanos das cidades, promovendo os parques e atividades lúdicas sustentáveis.

“Tais diretrizes ambientais envolvem zoneamento ecológico e econômico e transversalização em desenvolvimento turístico e direitos humanos. Este último é o eixo principal do monitoramento das políticas públicas em nosso programa. Como propomos como carro-chefe dessas políticas a educação, utilizaremos as escolas, com projetos pedagógicos libertadores, como matriz para experiências sustentáveis, radicadas nas comunidades escolares”, assegura.

“O Estado deve controlar, fiscalizar e punir”
Saulo Arcangeli (PSTU)

“Temos que compreender que o capital, em sua incontrolabilidade, não respeita o ambiente, pois na ânsia de lucrar vê na natureza uma fonte. Logo, os ataques ao meio ambiente passam a ser cada vez maiores. O Estado que deve cumprir seu papel de controle, fiscalização e punição, se omite e, inclusive, como no Maranhão, concede licenças ambientais que agridem cada vez mais o meio ambiente”, opina o professor universitário.

Saulo acredita que o saneamento básico tem uma grande influência no meio ambiente e na saúde da população. Segundo dados apresentados por ele, o Maranhão possui uma das piores coberturas de esgotamento sanitário do país, pois são atendido apenas 16,39% da população (são cerca de 6,79 milhões de habitantes), o que ocorre também em relação ao acesso à água encanada e coleta de lixo. “Toda esta falta de estrutura afeta o meio ambiente, pois esgotos não tratados degradam o solo e são jogados in natura em nossos lagos, rios e no litoral maranhense”, aponta.

Em um eventual Governo do PSTU, é compromisso a preservação do ambiente, o combate a todas as formas de ataques que degradam a natureza e aos agentes responsáveis. “Para isso, vamos fortalecer os órgãos estaduais responsáveis e abrir concurso público para a área. Criaremos meios para controle e fiscalização ambiental, revogaremos todas as licenças ambientais concedidas de forma irregular e obrigaremos as empresas a coletar e reciclar o lixo oriundo de suas atividades”, promete Saulo, que ainda garante que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) será fortalecida como empresa pública “e de qualidade, cessando o processo de terceirização que passa a empresa e oferecendo um serviço de qualidade para a população que sofre diariamente com a falta de esgotamento sanitário e água em suas residências”, relata o candidato.

“Transparência na concessão de licenças ambientais”
Flávio Dino (PCdoB)

“Nosso compromisso é com a melhoria de vida de cada maranhense. Melhorar a vida do nosso povo quer dizer investir e incentivar o crescimento econômico e social do estado. Mas para isso, é necessário também elaborar políticas públicas eficazes para gestão do meio ambiente com desenvolvimento sustentável na cidade e no campo”, defende o candidato Flávio Dino.

Para solucionar os problemas do meio ambiente do estado, Flávio tem como propostas cuidar de todas as Unidades de Conservação criadas no território maranhense, para que elas cumpram funções econômicas e ecológicas. Segundo ele, o objetivo de preservação do meio ambiente não pode ser incompatível com investimentos e a geração de empregos, por isso, será conferida especial ênfase às Áreas de Preservação Permanente (APPs), essenciais para que nossos rios não morram.

Ainda é compromisso do comunista, concluir o Zoneamento Econômico-Ecológico do Maranhão e implantar parâmetros transparentes e céleres para a concessão de Licenciamento Ambiental, nos termos da Lei Complementar nº 140/2011.

“Para cada árvore cortada no Maranhão, dez serão replantadas”
Lobão Filho (PMDB)

“Não há como se pensar o mundo e a vida, hoje em dia, sem se pensar em preservação do meio ambiente e/ou sua utilização inteligente para o desenvolvimento sustentável”, declara Lobão Filho.

Por isso, o candidato governista pretende transformar a Secretaria do Meio Ambiente em um parceiro eficaz desse desenvolvimento, tendo sensibilidade para ouvir os ambientalistas e sensibilidade para compreender as necessidades da modernização tecnológica da produção agropecuária, encontrando soluções que não sejam predatórias. “Para cada árvore cortada no Maranhão, dez serão replantadas”, garante. Serão criadas as Regionais da Secretaria do Meio Ambiente, para desburocratizar os processos de licenciamentos ambientais.

“Outro ponto que vamos estabelecer em nosso governo é a proteção e preservação da invejável diversidade de nossos biomas”, compromete-se, assim como a proteção e preservação da Reserva Biológica do Gurupi, da Floresta dos Guarás, Parque Nacional dos Lençóis, os lagos Açu, Verde, Formoso, Carnaúba e Jabobá, na baixada maranhense, o Cerrado, que cobre 60% do território, o Parque Nacional da Chapada das Mesas.
Ainda é missão da gestão de Lobão, se eleito, proteger e potencializar as áreas de preservação ambiental em pontos de turismo ecológico, o que geraria emprego, renda e desenvolvimento para todas essas regiões.

“Daremos fundamental atenção a mata ciliar, que protege a margem dos rios”
Zeluis Lago (PPL)

O objetivo de Zeluis é crescimento com responsabilidade social. “O Maranhão precisa desenvolver de forma autosustentável”, opina o nome ao Governo pelo PPL, irmão mais novo do ex-governador Jackson Lago.

Entre suas promessas, estão a preservação da cinco bacias hidrográficas do estado e das diversas vegetações. “Daremos fundamental atenção a mata ciliar, que tem a função de proteger a margem dos rios”, defende o candidato.
Zeluis acredita que a distribuição da água será ponto central de sua gestão. “A questão é tão importante que nos bairros centrais de São Luís água na torneira na tem regularidade. Imagine a situação do interior do Estado. A questão água deve ser pensada com muita responsabilidade”, opina.

São promessas de Zeluis a construção de aterros sanitários adequados, a preservação dos vales do Pindaré e Mearim, que são terras férteis, assim como o solo da região tocantina, que oferece outro tipo de vegetação.

Conjuntamente com a conservação da natureza, o candidato pretende desenvolver a agricultura familiar. “Como criou meu irmão Jackson, quero dar continuidade às casa de agricultura familiar, para ordenar a produção da agricultura”, compromete-se.

Raio X ambiental do Maranhão
- Possui 3,9% do território Brasileiro
- É 21,35% de toda a região Nordeste
- É o que menos sofre com escassez de água no Nordeste
- É o 2º maior estado em extensão e o 8º do país
- Possui ecossistemas como manguezais, campos inundados, florestas de babaçuais, bacias lacustres e matas ciliares (Fonte: O imparcial).

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