Leio Jornalismo no seu idioma com Translate

Pesquisar este blog

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Maranhão: INSTITUTO CHICO MENDES PRESERVA O PEIXE-BOI EM MUNICÍPIOS DO MA


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), efetua, há 30 anos, o trabalho de preservação das espécies marinhas e amazônicas do peixe-boi. No Maranhão, o cuidado com os animais existe, de maneira formal, desde 2001, com a formação da base avançada do CMA no estado, em São Luís. O estado tem a maior colônia do mamífero do Brasil.

Atualmente, existem três pontos de monitoramento do peixe-boi no Maranhão, sendo um na Ilha do Gato, em Humberto de Campos, a 259 km da capital. O outro foi montado em São José de Ribamar e o terceiro está situado na Ilha do Cajual, em Alcântara.

Antes, sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), desde 2007, o ICMBio mantém trabalhos para evitar a extinção do peixe-boi.

Na Região Nordeste, por exemplo, os estados do Sergipe e da Bahia não têm mais registros de peixes-bois. Já na Região Norte, apenas os estados do Pará, Amapá e Amazonas apresentam espécies do animal. No Maranhão, as regiões Leste e Oeste, entre Primeira Cruz e Carutapera, apresentam registros de peixe-boi no litoral.

No município de Cururupu, a 435 km de São Luís, o ICMBio mantém em funcionamento uma das três Reservas Extrativistas (Resex) da instituição. No local, integrantes do CMA efetuam o trabalho de monitoramento do peixe-boi, para a preservação da espécie.

Segundo o executor da base avançada do CMA/ICMBio no Maranhão, Josarnaldo Ramos Paulo, entre as décadas de 1960 e 1980, houve grande registro de mortes de peixes-bois no país. “Muitos peixes-bois foram mortos pelo homem, com a justificativa de reaproveitar a gordura, vender a carne e o couro do animal. Por causa do trabalho realizado por profissionais - biólogos, técnicos e analistas ambientais - é possível dizer que o Brasil e o Maranhão estão preservando uma das riquezas da fauna”, disse Josarnaldo Paulo.

Há seis anos, o ICMBio instalou unidades de conservação, no Maranhão, para o controle biológico de diferentes espécies da fauna. Uma delas está situada no Parque Nacional da Chapada das Mesas, no centro-sul do estado, próximo às cidades de Estreito, Carolina, Riachão e Imperatriz.

Outra unidade do instituto está localizada no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que abrange três municípios maranhenses (Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz).

Extinção - O peixe-boi marinho é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção da fauna brasileira. Estima-se que existam no máximo 500 animais no litoral nordestino. A gestação do peixe dura 13 meses e nasce apenas um filhote a cada gestação, que ocorre a cada três ou quatro anos.

O animal procura os estuários para parir, por serem locais mais tranquilos e com menos correnteza. A maioria dos encalhes de filhotes da espécie ocorre porque, devido à degradação ambiental, as fêmeas não conseguem chegar às áreas de mangue e acabam parindo em mar aberto, perdendo seus filhotes nas correntes marinhas. Indefesos, os filhotes encalham.

Saiba mais

- Existem duas espécies de peixe-boi no Brasil, o marinho, cuja incidência está na costa do Nordeste, e o peixe-boi amazônico, no rio Amazonas. São gigantes, dóceis e inofensivos. Alimentam-se de algumas espécies de algas, mangues, capins aquáticos e outras plantas.

- A espécie marinha pode medir 4 metros e pesar até 800 quilos. O peixe-boi amazônico é menor, atinge 2,5 metros e pesa até 300 quilos. É mais escuro e tem o couro liso.

- O peixe-boi pertence à ordem sirênia e é uma animal de vida longa - vive até 50 anos, podendo chegar a 60 anos.

- A caça indiscriminada fez do peixe-boi o mamífero mais ameaçado de extinção no Brasil. Além da caça deliberada, outros fatores de extinção são a morte acidental em redes de pesca, o encalhe de filhotes órfãos e a degradação ambiental.

- O nome peixe-boi vem do fato do animal poder viver na água e por ser um mamífero que se alimenta apenas de vegetais. Como os bois, é um herbívoro. Um animal de 300 quilos chega a ingerir até 30 quilos de vegetais por dia.

- Devido à quantidade de alimentos ingeridos, ele controla o crescimento das plantas aquáticas e, com suas fezes, fertiliza as águas, contribuindo para a produtividade do ambiente. As fezes servem de nutrientes para pequenas algas. Estas, são o alimento de animais muito pequenos, que, no final, são o alimento dos peixes, complementando, assim, uma cadeia alimentar (Fonte: O Estado do Maranhão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para o bom andamento deste trabalho, faça sua observação e sugestão. Sinta-se a vontade para comentar. Obrigada!