MARANHÃO/SOCIAL
A
Agência Brasil informa que as obras de duplicação da Estrada de Ferro
Carajás, que liga São Luís, no Estado do Maranhão, a Carajás, no Estado
do Pará, foram liberadas a partir de decisão tomada pelo Tribunal
Regional Federal da 1ª Região - TRF1. O desembargador federal Mário
César Ribeiro, presidente do tribunal, suspendeu a tutela antecipada na
última sexta-feira (14), concedida em julho deste ano pela 8ª Vara da
Seção Judiciária do Maranhão, que havia determinado a paralisação das
obras.
O
pedido de paralisação foi feito em ação civil pública ajuizada pela
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Conselho Indigenista
Missionário - Cimi e Centro da Cultura Negra do Maranhão - CCN contra a
Vale S/A e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - Ibama em que as entidades alegaram que existiriam
"vícios no processo de licenciamento ambiental referente à duplicação da
Estrada de Ferro Carajás, fato que tem resultado em diversos danos ao
meio ambiente e às comunidades afetadas".
As
comunidades citadas na ação são o povo indígena Awa Guajá e comunidades
quilombolas nos municípios de Anajatuba (MA), Arari (MA), Miranda do
Norte (MA), Santa Rita (PB) e Itapecuru (MA).
A
Vale recorreu ao TRF1 alegando que não há irregularidade no processo de
licenciamento ambiental e que a paralisação acarreta grande lesão à
ordem pública. De acordo com o tribunal, a empresa avalia em R$ 40
milhões os prejuízos causados pela suspensão da obra.
Segundo
o desembargador, "não se pode desconsiderar a presunção de legitimidade
dos atos administrativos perpetrados pelo Ibama, órgão que detém a
competência e os dados técnico-científicos necessários para analisar e
conceder as licenças ambientais pleiteadas". Para o magistrado, há
evidências de que o Poder Judiciário está interferindo indevidamente nas
atividades da Administração Pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para o bom andamento deste trabalho, faça sua observação e sugestão. Sinta-se a vontade para comentar. Obrigada!