Minha mais sincera homenagem as mulheres quebradeiras de coco babaçu.
As viagens podem durar horas, por vezes sobre pistas de terra batida, e as condições são similares às dos infames paus de arara. Nos campos, o trabalho endurece. Sentadas no chão, as mulheres prendem entre as pernas um machado, seguram sobre sua lâmina o coco e, com a outra mão, golpeiam-no com um porrete. Na ida carregam até 5 litros de água e, na volta, tantos outros quilos de coco.
Quebradeiras habilidosas partem dez cocos por minuto e deles separam a amêndoa, da qual se extrai, entre outros, um óleo industrial.
O babaçu é uma palmeira típica do bioma Mata dos Cocais. Suas árvores ascendem a 20 metros e, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, delas já foram catalogados ao menos 64 produtos, de alimentícios a cosméticos. Também há pesquisas sobre o uso no biodiesel. Como não existem opções químicas ou mecânicas para separar a amêndoa sem perda da qualidade, segue vivo um sistema braçal e arcaico.
Além do Maranhão, quebrar coco é um costume no Pará, em Tocantins e no Piauí, embora a árvore exista em mais de 13 milhões de hectares e em 11 estados.
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