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terça-feira, 26 de novembro de 2013

MAIS DE 40% DA CAPITAL MARANHENSE É ABASTECIDA POR ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Reportagem
Na última reportagem da série ‘água: uso e cuidado’, o JMTV 1ª Edição mostrou que uma das maiores fontes de abastecimento de água está no subsolo. São os aquíferos, onde é possível encontrar água de boa qualidade. Outra fonte de água são os rios, mas esses dependem das chuvas e também sofrem com o assoreamento, a poluição e o crscimento desordenado da cidade.
Na Grande São Luís - formada pelos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar - o maior reservatório de água vem do oceano: milhares de metros cúbicos de água salgada em volta de toda a Ilha. Mas do ponto de vista de água potável e de fácil acesso a maior reserva está submersa. São as águas subterrâneas, que retiradas dos lençóis freáticos já abastecem aproximadamente 40% da capital maranhense.
“Basicamente temos, na Ilha, dois aquíferos: o da formação barreiras e o aquífero da formação itapecuru, mais profundo. E a recarga desse aquífero é feita com a água da chuva, em locais específicos, com características”, disse Jânio Lima, secretário-adjunto de Meio Ambiente.
Aquíferos são grandes reservatórios de água que ficam debaixo da terra, alcançados por meio de poço. Mas para chegar até eles a perfuração de um poço segue rigorosas normas ambientais, para evitar danos à fonte de água por escassez ou contaminação. Todos os poços furados no solo da ilha devem passar pelo mesmo processo e a perfuração tem que ser autorizada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
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“A Caema, em todos os poços que ela perfura, ela faz o pleito junto à secretaria, pedindo a autorização. Os nossos técnicos avaliam e deferem o pedido”, acrescentou o secretário-adjunto.
É no subsolo a maior fonte de água potável dentro da Ilha de São Luís. A água que está lá embaixo alimenta também os rios. E ao contrário do que muita gente pensa, a água de um rio não vem só de uma nascente. Por isso, quando chove pouco a reserva de água no subsolo diminui e a vazão dos rios também.
“Nós temos muitos rios, umas 50 bacias de drenagem de médio e pequeno porte, e essas bacias tem cursos d’água durante a época da chuva. Mas de agosto a dezembro praticamente todas estão secas. Esse processo se agrava com o fato de que a hipermeabilização, com a urbanização da cidade, faz com que a água infiltre menos. Então essas águas subterrâneas que estão alimentando os rios na estação seca estão diminuindo também”, disse o ambientalista Márcio Vaz.
Os rios perenes, aqueles que têm água o ano todo são o Anil, Tibiri, Paciência e Santo Antônio. Todos são castigados pela poluição, com lançamento de esgoto in natura e lixo. No entanto, a diminuição ou poluição das águas subterrâneas é um problema ambiental mais sério e pode ser agravado com a perfuração irregular de poços e fossas.
As águas superficiais são mais frágeis porque recebem de forma mais direta a poluição urbana. As águas subterrâneas são mais preocupantes em termos de poluição. Porque elas levam mais tempo para poluir e para limpar. Uma vez contaminadas, as águas subterrâneas podem levar décadas e décadas, até que sejam recuperadas. Esse é o grande risco porque estamos em uma cidade com pouco saneamento básico, pouca rede de esgoto e muitas fossas. Você tem pessoas fazendo poços sem controle do lado de fossas e isso é uma garantia de contaminação quase certa”, afirmou Márcio Vaz.
A Ilha já tem pouca água natural de superfície e por causa da urbanização em volta dos rios, a tendência é que no futuro todos os rios aqui se transformem em sazonais, existindo somente em épocas de chuva.
Apesar da Ilha de São Luís não possuir nenhum grande rio na sua superfície, o Itapecuru fica só há 100 km de distância. Ele possui uma vazão de até 200 metros cúbicos por segundo, e São Luís seria 100% abastecida por apenas dois metros cúbicos por segundo.
A abundância de água tão próxima da Ilha descarta até estudos para dessalinizar a água do mar. Os ambientalistas garantem que não há necessidade para a tecnologia cara e ainda distante da realidade do Nordeste do Brasil.
“Nós temos água de sobra do Itapecuru e seria uma água muito mais barata que fazer a dessalinização. É uma solução mais sustentável que a água de poço isso é indiscultivelmente”, completou Vaz.
Veja a íntegra da matéria no vídeo acima (Fonte: G1 MA com informações da TV Mirante).

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