O Observatório de Políticas Públicas de Mudanças do Clima foi lançado nesta terça-feira, 6 de novembro de 2012, durante a realização do 3º. Seminário Internacional do Fórum Clima.
O Observatório tem por objetivos, entre outros: acompanhar e atualizar a harmonização das políticas públicas para mudanças no clima à medida que novas legislações forem sendo criadas nas Unidades da Federação e no governo federal; consti tuir-se num instrumento de informação organizada e analítica e de mobilização, contribua com os avanços para a harmonização; aprimorar as análises críticas acerca dos desafios de harmonização das políticas estaduais entre si e em relação à legislação nacional.
A atualização do Observatório de Políticas Públicas do Fórum Clima está sob a coordenação do Núcleo de Economia Socioambiental da Universidade de São Paulo (Nesa-USP), que já é responsável pelo contato permanente com os responsáveis pela agenda do clima nas diversas unidades da Federação.
O que é o Fórum Clima - O Fórum Clima - Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas é um exemplo de como a iniciativa privada tem contribuído para o avanço da agenda de clima em nosso país. Criado para acompanhar os compromissos da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas, o Fórum Clima é composto por empresas e organizações que acreditam que o setor empresarial pode dar contribuição decisiva para a necessária transição mundial para uma economia de baixo carbono; aproveitando novas oportunidades de negócios e ao mesmo tempo reduzindo significativamente os impactos negativos das mudanças climáticas globais sobre o planeta. O grupo conta com a participação de 17 empresas e duas organizações apoiadoras. O Instituto Ethos é responsável pela secretaria executiva do projeto.
O que é a Carta Aberta ao Brasil - A Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas foi lançada em agosto de 2009, por lideranças empresariais que por meio deste documento assumiram um conjunto de compromissos voluntários, dentre os quais a redução de suas emissões de carbono e, também propuseram ações ao governo federal que diziam respeito ao seu posicionamento na COP 15 e à gestão interna da questão. Tais contribuições fortaleceram a posição do Brasil no sentido de ser um dos poucos países a assumir, na Conferência do Clima de Copenhagen, a meta nacional voluntária de redução dos gases causadores do efeito estufa (GEE) entre 36,1% e 38,9% até 2020.
3º. Seminário Internacional Fórum Clima - Realizado também na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na manhã desta terça-feira, dia 6 de novembro de 2012, o 3º. Seminário Internacional Fórum Clima apresentou um balanço das ações em 2011-2012 e o resultado do monitoramento dos compromissos das empresas que compõem essa iniciativa.
O evento contou com a presença de Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos, que faz a secretaria executiva do Fórum Clima; Ricardo Abramovay, economista e professor da USP, Manish Bapna, da ong WRI, responsável pela publicação "O Estado do Mundo"; e Karen Cobe, representando o Ministério do Meio Ambiente, bem como representantes das empresas que integram o Fórum Clima e participantes de outras empresas.
Na oportunidade, o Fórum Clima apresentou um balanço das ações adotadas durante o ano e o monitoramento dos compromissos das empresas com relação às mudanças do clima. Entre as ações gerais que o Fórum Clima pôs em prática no último ano, destacam-se: a publicação "O desafio das harmonizações das políticas públicas de mudanças climáticas", levantamento conduzido pelo Núcleo de Economia Socioambiental da USP (Nesa USP), sob a orientação do engenheiro florestal Tasso Azevedo e do economista Ricardo Abramovay; apresentações sobre os desafios empresariais com as mudanças do clima na Rio +20, no congresso da Associação Brasileira da Indústria de Limpeza e Afins (Abipla). Na Rio = 20, o Fórum Clima foi convidado a organizar o painel "As empresas e a economia de baixo carbono" no Rio Climate Challenge (RCC), evento com o objetivo de simular uma negociação internacional sob re clima capaz de atender à demanda da ciência perante o aquecimento global.
Outra realização foi o estabelecimento do Grupo de Trabalho a Engenharia e Construção Civil, liderado por construtoras como Andrade Gutierrez , OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht. O GT discute e prepara um guia metodológico específi co para o setor de engenharia e construção para apoiar empresas do setor na elaboração dos inventários de GEE.
Monitoramento - As empresas participantes do Fórum Clima elaboraram dimensões e indicadores para monitorar os compromissos assumidos com relação ás mudanças do clima. As cinco dimensões são Comunicação, Governança, Gestão de Emissões, Cadeia de Valor e Responsabilidade Compartilhada.
Os indicadores em cada uma dessas dimensões são: Transparência (para Comunicação); Política e Tomada de Decisões a respeito das mudanças do clima (Governança); Elaboração de Inventário e Redução Contínua de GEE (Gestão de Emissões); Engajamento de Fornecedores e Engajamento de Clientes (Cadeia de Valor); Engajamento com a Sociedade e Engajamento Setorial (Responsabilidade Compartilhada).
Ao aplicar esses indicadores às práticas empresariais, observou-se, por exemplo, que 56% das empresas do Fórum Clima adotaram políticas, procedimentos, parâmetros e/ou diretrizes em gestão de emissões de GEE na tomada de decisão da empresa; 87% publicaram inventário de emissões de GEE; 93% alteraram processos produtivos ou operacionais para reduzir GEE (Fonte: Brandpress).
Quem quiser consultá-lo, basta acessar www.forumempresarialpeloclima.org.br
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