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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

GRUPO POTIGUAR PROMOVE OFICINA DE LONAS NO ANJO DA GUARDA: SUSTENTABILIDADE, RECICLAGEM E EMPODERAMENTO DE MULHERES DE BAIXA RENDA VIA CAPACITAÇÃO PARA GERAÇÃO DE RENDA


Reciclando Plástico & Costurando o Futuro
A Associação dos Moradores do Alto da Vitória / AMAV, localizada à Rua 06, N 14 Alto da Vitória no Anjo da Guarda vai sediar um projeto especial de 19 a 20.12 através da parceria com o Grupo Potiguar. Trata-se da Oficina de Costura & Reciclagem de Lonas, um mini curso de costura para mulheres de baixa renda pertencentes àquela comunidade, totalmente gratuito. Além de oferecer o treinamento sem custo para que as mulheres aprendam uma nova habilidade – a costura – o projeto vai produzir materiais diversos confeccionados com plásticos (lonas) que serão doados às participantes pela Potiguar.


As mulheres que participam dessa Oficina vão aprender a confeccionar utensílios como bolsas e aventais, feitos com lonas de propaganda que o Grupo Potiguar antes descartava e que agora terão um nobre destino: Servir de matéria prima para a aprendizagem de mulheres que sonham em ter trabalho e renda; à partir de uma capacitação como essa. O curso será ministrado pela artesã Maria Divina, que já realiza esse projeto com o Grupo Potiguar desde o ano de 2017.

São iniciativas como essa, voltadas para a sustentabilidade, que podem e devem mudar o destino do nosso Estado. E tudo o que diz respeito ao empoderamento feminino, que vise gerar trabalho e renda deve ser prioridade, e uma forma eficaz de combater a triste realidade que ainda assola o Maranhão – o alto número de feminicídios, e a grande quantidade de mulheres e mães de família que não conseguem trabalhar e sustentar suas família com dignidade simplesmente por estarem à margem da escolaridade e abaixo da linha de pobreza. Para muitas, aprender a costurar não é um hobby, mas sua única oportunidade de tecer um futuro mais digno para si e seus filhos, com trabalho e renda dignos.

Em época de Natal, essas mulheres ganham um presente antecipado em forma de oportunidade de aprendizagem, sem precisar sai de sua comunidade e sem pagar nada!
#NATALSUSTENTAVEL #SUSTENTABILIDADE

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

PRINCIPAIS PRODUTORES, FORNECEDORES E EDUCADORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS, PRODUTOS AGROECOLÓGICOS, PRODUTOS LOCAIS DE SÃO LUÍS




BOA TARDE LEITOR!!!

Participo de um grupo de Compras Sustentáveis, e resolvi divulgar aqui, à pedidos, os principais contatos de produtores, fornecedores e educadores para o consumidor responsável em São Luís do Maranhão (com foco em produtos orgânicos, produtos agroecológicos, produtos locais, ou produtos que fomentam de algum modo a biodiversidade natural). Lista atualizada a 03/09/2018. Informem-me de erros ou atualizações para o fone (98) 981628396.  Visitem também 🍉🍍🍆🌽🍠🍯

* Nota: Esta lista não é uma lista de produtores/fornecedores exclusivamente orgânicos, embora os inclua. O nome da empresa conter a palavra orgânicos muitas vezes não significa que os produtos comercializados sejam orgânicos.

OBS.: Peço ao produtor que não esteja nessa linha e gostaria de ser incluído me envie as informações necessárias dos seus produtos com contato, conforme os da mesma linha.

LISTA DE PRODUTORES DE PRODUTOS ORGÂNICOS, 

AGROECOLÓGICOS e LOCAIS.

*Produtores de produtos Hortícolas ou Extrativististas*_ 👩🌾👨

*Alimentum*: vegetais certificados pela ECOCERT. Vendem na CEASA aos Sábados de manhã. Entregam ao domicílio dependendo da zona. Fone: (98)98782 6411 (Bruno) e (98)991158867 (Bruno, WhatsApp). Site: www.alimentumltda.com.br

*Associação de Produtores do Loreto*: Venda de hortaliças, vegetais e mudas enxertadas (ornamentais e frutíferas). Endereço: VENDAS PARALISADAS POR MOTIVO DE MUDANÇA DE ENDEREÇO. Fone:(98) 98851- 4551 (Vanessa, whatsapp)

*Flores&Frutíferas*: Venda de plantas ornamentais e frutíferas, mudas de ervas, adubo natural. Endereço: Estrada de Ribamar (ao lado do Pátio Norte Shopping). Fone: (98)98806-3548 (Elenice, whatsapp). Redes sociais: facebook.com/floresefrutiferas.

*Horta Eldorado*: Hortaliças sem agrotóxicos colhidas na hora da venda, mudas de plantas ornamentais. Das 7 às 17 segunda a sexta. Sábados domingos e feriados das 8 as 12. Endereço: Rua Coronel Paiva, 17, Jardim Eldorado (https://goo.gl/maps/13Cu3DNU71n). Fone: (98)99190 8012 (Renato, WhatsApp)

*MIQCB - Movimento de Quebradeiras de Coco Babaçu*: Azeite de Babaçu tradicional 100% puro, óleo de Babaçu (cosmético), farinha de babaçu (mesocarpo), sabonete de babaçu, sabão de babaçu e artesanatos. Fone: 98118-0833 (Flávia)

*Polo Agrícola da Pindoba Nova Canaã*: Terá futuramente selo de produto orgânico - certificação participativa para os vegetais. Vende alface, cheiro verde, couve, macaxeira, abóbora, banana, rúcula, vinagreira, pimenta de cheiro, feijão, e frango. Endereço: Rua Tia Bia n*100, Pindoba - Paço do Lumiar (latitude, longitude: -2.5032245,-44.1314834). Fone: 987845612 (whatsapp, Rafaella)

*Sítio Arari*: leite de búfala, ovos e galinhas caipira, hortaliças, fruta. Entrega entre o araçagi e a cohama. De momento com produção muito baixa, não está a conseguir suprir os pedidos de novos clientes. Endereço: Rua S. João, Pindoba – Tuari (entrada próxima ao cemitério PAX União). Fone: 98784 6992 (Máximo, sem whatsapp).

*Toca da Reserva*: criações sustentáveis de animais de pequeno porte. Galinhas caipira (tipo Isa Francesa), ovos caipira, suínos e patos. Entregas em domicílio todas as sextas-feiras. Endereço: Rua Adalberto Alves, Vila Esperança- Maracanã. Fone: (98) 98308-3668 (Lívia, whatsapp)

*Vivenda Orgânicos*: Produz hortaliças, frutas, legumes. Fornece juçara, água de coco e polpa de coco verde de produtores locais. Endereço: Rua Nossa Sra da Vitória, 300, Itapera, Paço do Lumiar. Fone: 99111 9203 (Mirella) ou 991257973 (Margarida)

*Produtores de Comidinhas*

*Gruta de Cristal*: Alimentos livres de conservantes: pão ázimo, sugo di pomodoro, caponata, beringelas, derivados de coco da praia, derivados de abacaxi de Turiaçu, caldos naturais, temperos caseiros, sanduíches naturais, mudas de ervas. Produtos sob encomenda. Fones: (98)982596165 ou (98)982111821 (Anastácia, WhatsApp). Instagram: @grutadecristal

*Detox Gourmet*: conceito inovador de alimentação saudável. 100% natural, à base de frutas, legumes, verduras, hortaliças, grão e sementes que proporcionam saúde, bem estar e nutrição na medida certa. Sucos funcionais, polpas funcionais, sopas detox. Fone: (98)98840-5088 (Tânia, whatsapp). Redes sociais: @detoxgourmet2017

*Veg&Tal*: Culinária consciente. Comida artesanal, natural e vegana, com opções sem glúten. Encontre-nos em feiras e eventos em São Luís, ou faça a sua encomenda. Fone: (98)981423491 (whatsapp, Nanda). Instagram: @veg.e.tal

*Casa Amora*: Cozinha vegetariana. Vendemos lanches vegetarianos por encomenda (bolos, brownies, hambúrgueres, doces, esfirras, quibe, pão, etc.). Fazemos entrega. (98)9814600678 (whatsapp, Amanda). Instagram: @casa.amora

*Bolos, pães e sorvetes de mesocarpo de babaçu*: Grupo de mulheres de Itapecuru Mirim que produz bolos, pães e sorvetes de mesocarpo de babaçu por encomenda. Fone: (98)986083196

Produtores de Cosméticos*

*GreenPower*: Produtos feitos artesanalmente pela Mallu com muito amor e matéria-prima natural e de qualidade, que respeitam o meio ambiente e você. Sem parabenos, alumínio, sulfatos, óleo mineral ou qualquer outra substância artificial que possa intoxicar nosso organismo e poluir o ambiente.  Fone: 98205-4568, 981349258 (whatsapp, mallu). Instagram: @greenpowerslz

* Artesãos*

*Rendeiras do povoado de Centro dos Câmara, Peri Mirim- MA *: Um grupo de rendeiras que faz redes em fio de algodão e em linha de crochet. Aceitam encomendas. Entregam em São Luís. Fones: (98)984063347 (Elisângela, Whatsapp); (98)981413708 e (98)983406928

*Feiras*

*Feirinha Agroecológica da Ong NAVE*: Produtos agroecológicos sem agrotóxicos oriundos da horta comunitária da comunidade Primavera (Vila Embratel). Todas as Quinta-feiras das 14 às 18h. Rua de Nazaré, 8, Centro. Fone: (98)988053921 (Rebeca, WhatsApp)

*Feira Agroecológica e Solidária*: Vende alimentos agroecológicos produzidos diretamente por agricultores familiares dos municípios de Rosário, Morros, Presidente Juscelino e Cachoeira Grande. Realiza-se na primeira quarta-feira de cada mês (Datas para 2018: 7/2, 7/3, 4/4, 2/5, 6/6, 4/7, 1/8, 5/9, 3/10, 7/11, 5/12). Endereço: Praça da Alegria, Rua Santana (por trás da loja Americanas). Contato: (98) 3243 2765 (Escritório da Tijupá em Sâo Luis). Site: http://www.aatijupa.org/

*Empório da Economia Solidária*: Vende alimentos agroecológicos produzidos diretamente por agricultores familiares dos municípios de Rosário, Morros, Presidente Juscelino e Cachoeira Grande. Realiza-se na primeira quinta-feira de cada mês (Datas para 2018: 1/2, 1/3, 5/4, 3/5, 7/6, 5/7, 2/8, 6/9, 4/10, 1/11, 6/12). Endereço: sede da Secretaria Regional do Trabalho do Estado (SRTE/TEM), Cohab, São Luís. Contato: (98) 3243 2765 (Escritório da Tijupá em Sâo Luis).

*Fornecedores de alimentos* 👩🌾👨🌾

*Terra Viva Produtos Naturais *: Grãos, Sementes e Cereias a granel, encapsulados, pães e bolos sem gluten e sem lactose. Aberto de segunda a sexta, de 8h às 18h e aos sábados de 8h às 12h.
Endereço: Rua do Sol, 655- Centro. 
98-98861-1164 (Mirlian, WhatsApp)
Árvore da Vida* - Produtos Naturais/NeoPilates
/Massagem/Nutrição. SEG a QUI 7h30 às 20h SEX 7h30 às 18h - 📞 (98) 3235 1027 (98) 98226 8107 - www.arvorevida.com.br

*Comphex *– CEASA: Produtos Certificados pelo IBD (cenoura, cebola, chuchu, beringela, tomate, batata doce, cheiro verde, salsa, cebolinha, repolho, morango, uvas, laranjas, entre outros produtos ). Origem: Ceará. Endereço: Avenida Jerônimo de Albuquerque, 53, box 13ª, Cohafuma. Fone: 3199-8115, 98270 6221 (Itanny, WhatsApp). Email: comphex@gmail.com

*Meliponina* (UFMA): produtos de mel de abelha sem ferrão (tiúba). Origem: Maranhão. As compras podem ser feitas na lanchonete do  Departamento de Biologia-UFMA, ou numa banca instalada perto do  Banco do Brasil da UFMA durante 1ª semana de cada mês. Endereço: UFMA, departamento de Biologia.

*Quitanda Rede Mandioca*: centro de referência em comercialização de produtos da agricultura familiar do Maranhão. Fones: 3232-0433/ (99) 9123-7459 (D. Lourdes Nogueira, whatsapp). Endereço: Rua do Alecrim, 343, Centro. Instagram: @quitandaredemandioca

*BioAlimentos Orgânicos*: Encomendas de hortaliças, frutas, mel, ovos, polpas de frutas. Consultoria e treinamento sobre produção orgânica residencial urbana. Fones: 98 - 99163-2350 (Lucio Marques) e 98 - 98882-8454 (Talma). Email: Bioorganicos@outlook.com

*Formação e Divulgação*

Geísa Batista - Jornalista Ambiental - (098) 981628396

*Representantes de franquias*

*EcoBrazil*: Produtos Ecológicos derivados do Babaçu. Fone: 98 9100-9712 (Cássio Witt, WhatsApp). Loja online e redes sociais: ecobrazil.meuspedidos.com.br, facebook.com/EcoBrazil, Instagram:@EcoBrazil

*Terra Madre*: Franquia de produtos do segmento de alimentação saudável. Feirinha de Orgânicos aos sábados, das 8 às 18hrs. Endereço: Av. Holandeses, 9, Ed. Lagoa Corporate, loja 2, térreo. Fone: 3304-0075, 98 8116-0440 (Flavio, WhatsApp)

*Ateliê Ecológico – AteliECO*: Cursos, oficinas e palestras. O primeiro blog sobre sustentabilidade no Maranhão. Blog: http://www.atelieco.blogspot.com.br/. Fone: 98 98123-5548 (Rafaella, WhatsApp). Instagram: @ateliecoblog.

*Nação Verde*: cosméticos, suplementos, granéis, maquiagem orgânica, chás e ervas, alimentos em granel. Fone: 99976.0927 (Gabriel)

Consumidores conscientes apoiando a construção de um mundo novo! 👷♀👷👩⚕👨⚕👩🌾👨🌾👩🍳👨🍳👩🎓👨🎓👩🎤👨🎤👩🏫👨🏫

NESTA QUARTA-FEIRA (19) ACONTECE A FEIRA AGROECOLOGICA E SOLIDÁRIA


Lembrando o que acontece amanhã (19), a ultima Edição da  Feira Agroecológica e Solidária na Praça da Alegria, do ano de 2018. Aproveitem, que essa é só uma vez por mês! 

Está feirinha acontece a cada primeira quarta feira de cada mês, das 6hs as 12hs. Atualmente, se instalam na Praça da alegria, centro da cidade. Alimentos da agricultura família, produzidos por agricultores da região do Munim e da grande ilha. Alimentos sem venenos e artesanato da região.
#Participe, #compartilhe essa idéia!
*#Feira Agroecologica e Solidária 
🍌🌽🍅🥦🥑🍆!

domingo, 9 de dezembro de 2018

PROGRAMA PONTO A PONTA FALA SOBRE SITUAÇÃO DA AMAZONIA MARANHENSE


Programa #PontoaPonto Situação da Amazônia Maranhense, mudanças climáticas, áreas verdes em cidades e muito mais serão tema da Rádio Assembleia Online, na segunda (10). Quem vai falar sobre o assunto será a engenheira Florestal pela UNESP e professora do Programa de Pós-graduação em Agroecologia da UEMA, Danielle Celentano Augusto. Participe!!! Mande sua pergunta por mensagem na nossa página no Facebook @radioassembleiama onde estaremos, ao vivo, 8h, e também pelo site radioalema.com.
link: www.al.ma.leg.br/discursos/arquivos/pordentrodapoliticamariareginateles10122018.mp3

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

SENADOR ROBERTO ROCHA ADOTA MEDIDAS PARA AJUDAR A SALVAR RIOS MARANHENSES


O Brasil possui a quinta maior malha hidroviária do mundo, com 27,5 mil km de vias fluviais navegáveis, o que representa 64% de todo o potencial hidroviário do país. Embora o nosso território esbanje rios com potencial de navegação, esse tipo de modal é responsável por apenas 5% da distribuição de bens e escoamento da produção brasileira, enquanto o transporte rodoviário é de 76%.
No Maranhão, todos os seis rios que compõem a malha hidroviária do Brasil pedem socorro. Com processos de assoreamento, desmatamento, erosões e poluição em estágios avançados em diversos trechos dos cursos de água, em poucos anos os rios secarão ou se tornarão completamente inutilizáveis para consumo humano e para atividades ligadas ao campo, como plantio e a pecuária.
Para mudar essa situação crítica e preocupante das águas do Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), em parceria com Administração de Hidrovias do Nordeste (AHINOR), vai começar a implantar as primeiras soluções que visem recuperar e revitalizar completamente as bacias e rios do estado.


“Nosso primeiro trabalho será em um trecho de 6 km do Rio Pindaré, onde serão instalados espigões (defletores fluviais), que funcionam como colchões de areia que vão auxiliar o redirecionamento do curso das águas, proporcionando a autodragagem e, consequentemente, o aumento da vazão. O passo seguinte será o reflorestamento das margens, tornando-a novamente rio saudável e apto para uso humano, atividades econômicas rurais e para navegação de transporte de cargas”, explicou o senador.

Nessa primeira etapa para o Rio Pindaré foram viabilizados R$ 700 mil. “A minha intenção é criar a cultura do fazer. Quando você começa a cuidar das nossas águas, adotar uma nascente, por exemplo, outras pessoas despertam o desejo de participar desse tipo de ação. Eu desejo que o cidadão, especialmente aquele que mora em municípios ribeirinhos se engajem e sirvam de agente de preservação do meio ambiente. Afinal sem água, não há vida”, defendeu Roberto Rocha.

O uso de espigões já é bastante utilizando em países desenvolvidos como Estados Unidos, Bélgica e Alemanha. “Os defletores instalados é uma técnica antiga, mas ainda é pouco usada no Brasil. Ao usar os espigões, em médio prazo conseguiremos realizar o reflorestamento de áreas degradadas e a recuperação do curso original dos rios do Maranhão”, afirmou o coordenador e engenharia do AHINOR, José Ribamar Cantanhede.

Os municípios de Balsas, Timon e entre as cidades de Caxias-Codó também serão contemplados em breve com obras que visam a recuperação dos rios através da AHINOR.

ADOTE UMA NASCENTE

A ideia do senador Roberto Rocha é criar o sentimento da “cultura do fazer” no cuidado com as nascentes dos rios. É que o parlamentar maranhense está viabilizando até o fim do ano 10 kits de nascentes para serem distribuídos em prefeituras de municípios ribeirinhos. “O kit é composto desde arame farpado usado para cercar as áreas das nascentes até caminhonetes tipo troller, que auxiliam na limpeza e preservação”, explicou.

Os kits “Adote uma Nascente” foram empenhados pelo governo federal e pode ser usado em até 20 nascentes. “Com ajuda da população, inicialmente, já estaríamos cuidando de 200 nascentes. O meu desejo é que esse sentimento de cuidar do meio ambiente seja despertado nas pessoas e que elas passam conservar todo o ecossistema, garantindo a preservação e a riqueza do meio ambiente para as futuras gerações”, finalizou o senador.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O FUTURO PRESIDENTE FALA SOBRE O FUTURO MINISTRO DO MEIO AMBIENTE

Jair Bolsonaro ao lado do futuro ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em reunião com equipe de transição, em Brasília, nesta quarta-feira (21) — Foto: Rafael Carvalho/Gabinete de Transição

Definição futuro ministro do Meio Ambiente: "Talvez amanhã [quarta, 28] saia o [ministro] do Meio Ambiente. Farei contato hoje à noite. Tem duas pessoas que estamos conversando e com toda certeza sairá amanhã esse nome para o Meio Ambiente. [...] Apesar de eu ser verde, [o futuro ministro] não vai ser militar, tá ok? Não"

Os ministros já escolhidos pelo Bolsonaro

terça-feira, 27 de novembro de 2018

PREFEITURA SEGUE CRONOGRAMA DE AÇÕES PAISAGÍSTICAS NA REGIÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS


Levantamento e limpeza de copa das árvores, retirada de erva de passarinho e galhos secos são alguns dos serviços que estão sendo feitos pela gestão do prefeito Edivaldo em praças e logradouros da área central da cidade

As ações de poda, roço e capina dos logradouros públicos, praças e avenidas da capital maranhense seguem de acordo com o cronograma definido pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior que tem trabalhado para manter a cidade mais aprazível aos moradores e visitantes. Na última semana a Prefeitura de São Luis atendeu demandas de serviços na área do Centro Histórico, compreendendo as regiões da Praia Grande, Praça Deodoro e Praça Dom Pedro II.

Entre as intervenções paisagísticas realizadas na região do Centro Histórico, as equipes do Instituto Municipal da Paisagem Urbana (Impur), realizam levantamento e limpeza de copa das árvores, retirada de erva de passarinho e galhos secos.

O presidente do órgão, Fábio Henrique Carvalho explica que o trabalho é demorado e minucioso em razão do valor histórico de cada exemplar. "O trabalho é criterioso e visa a melhora e preservação das árvores. Vamos, por determinação do prefeito Edivaldo, seguir atendendo às demandas da população, sobretudo neste período em que se aproximam as festas de fim de ano", garantiu o presidente.

O trabalho incluiu a remoção de uma árvore caída na Praça Deodoro e seguiram com os trabalhos de poda, capina, roço e levantamento de copa também na Praça D.Pedro II, localidade que vai receber da Prefeitura ornamentação de Natal.

AÇÕES

Além do Centro Histórico, a Prefeitura tem realizado trabalhos de paisagismo em toda a capital. As intervenções visam a melhoria do aspecto paisagístico de praças, logradouros públicos e áreas de lazer. Nas últimas semanas os serviços foram realizados na Avenida dos Franceses, Recanto dos Vinhais e Vinhais. Nos locais foram feitas poda de levantamento de copa e retirada de árvores com risco de queda. No bairro Angelim, na Rua 8, foi feita a remoção de árvore morta além de poda de levantamento de copa das árvores localizadas na Praça dos Ipês.

A Prefeitura também concluiu serviços paisagísticos na região da Ponta do Farol. Por lá, foram feitas podas de levantamento de copa e retirada de árvore morta. Na Vila Dom Luis, também foram realizados levantamento e recondução de copas. No Residencial Primavera Turu, os moradores receberam serviços de poda de limpeza e recondução de copa e remoção de árvore com risco de queda. As avenidas Jerônimo de Albuquerque e Getúlio Vargas, além do bairro Calhau também foram beneficiados pelos serviços.

QUILOMBOLAS REALIZAM MOSTRA DE CULTURA EM SÃO LUÍS


Em alusão ao mês da Consciência Negra, comunidades quilombolas de Anajatuba, Itapecuru Mirim e Santa Rita, promovem Mostra Cultural no Centro Histórico.

Durante os próximos  dias 29 e 30 , a Casa do Maranhão, Casa do Tambor de Crioula e Centro Cultural Vale Maranhão serão cenários da IV Mostra Cultural Quilombola, evento realizado pela Vale e Insposuma (Instituto de Políticas Sustentáveis do Maranhão) e comunidades quilombolas  em alusão ao mês da consciência negra, cujo objetivo é promover o reconhecimento e difusão da cultura quilombola e o fortalecimento da identidade étnica.

Com o tema “Juventude Negra Rural Quilombola, perspectivas, sonhos e desenvolvimento”, a mostra busca favorecer um ambiente de reconstruções e construções sobre identidade, arte e produção nas comunidades quilombolas, com foco na juventude, ação que pode ser percebida pelo empoderamento dos jovens das comunidades, principais organizadores da Mostra.

A IV Mostra Cultural Quilombola integra as ações previstas no Plano Básico Ambiental, implementado pela Vale em função das obras de expansão da Estrada de Ferro Carajás.

Fortalecimento da Cultura Negra
Entre a programação cultural estão apresentações típicas de algumas comunidades, como o Tambor do Crioulo, ou Punga dos Homens, da comunidade do Quebra (Anajatuba), o Tambor de Crioula com Punga das Mulheres e Boizinho de Cofo da Comunidade Vila Fé em Deus (Santa Rita) e apresentação  da Orquestra de Berimbau. Além disso, faz parte da programação a Oficina de Prática e Saberes Quilombolas: Toque de Caixa do Divino Espírito Santo e Oficina de trançado afro em cabelo.

O apoio à IV Mostra Cultural Quilombola evidencia o respeito e o compromisso da Vale em valorizar a cultura desse povo tão rico culturalmente, vizinhos à Estrada de Ferro Carajás desde a construção da ferrovia. “É um momento simbólico porque representa a continuidade do legado por meio dos jovens, grandes atores nesse processo”, explicou Ana Edith Sampaio, analista da Vale que atua no relacionamento com comunidades tradicionais ao longo da EFC.

PROGRAMAÇÃO DA IV MOSTRA CULTURAL QUILOMBOLA

Dia 29.11 
Casa do Maranhão 
09h30 às 10h30 - Abertura/Mesa com convidados
10h40 às 11h30 - Palestra “Juventude Negra Rural Quilombola Sonhos e Perspectivas”   
11h40 às 12h20 - Apresentação Cultural dos Jovens Quilombolas
13h30 às 14h30 – Seminário de Educação e Juventudes Negras Quilombolas Rurais e Urbanas (SEIR, SEJUV e Mapa Educação)
14h às 18h - Feira / exposição 
14h30 às 16h20 - Oficina de Prática e Saberes Quilombolas: Toque de Caixa do Divino Espírito Santo
15h às 16h20 - Tambor de Crioula e Dança do Carimbó (comunidades quilombolas Pedrinhas Clube de Mães e Oiteiro dos Nogueiras)
16h30 -  Cortejo cultural da Casa do Maranhão à Casa do Tambor de Crioula do Maranhão
Centro Cultura Vale Maranhão
15h às 17h – Visita à exposição AFRICANA: o diálogo das formas
Casa do Tambor de Crioula
17h30 – Tambor dos Crioulos com Punga dos Homens do Quilombo Quebra

Dia 30.11 
Casa do Maranhão 
13h30 às 14h30 - Mesa de Abertura- Roda de Conversa “Juventude Negra, Direitos e Identidade” 
14h40 às 16h - Tambor de Crioula com Punga das Mulheres e Boizinho de Cofo (comunidade quilombola Vila Fé em Deus)
16h às 17h - Apresentação do Inventário de Referências Culturais Quilombolas (nove comunidades com relacionamento Vale)
17h10 às 18h – Roda de Conversa sobre Saúde nos Quilombos (SEIR E SES)
16h10 às 17h - Oficina de trançado afro em cabelo 
17h10 às 18h - Oficina de artesanato com palha de palmeira de babaçu (Pedrinhas Clube de Mães)
18h às 19h - Apresentação da Orquestra de Berimbau (comunidades quilombolas) sob a coordenação de Mestre Bamba
Centro Cultural Vale Maranhão
15h às 16h - Visita à exposição AFRICANA: o diálogo das formas

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

EMBRAPA E MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL VÃO LEVAR HORTAS PEDAGÓGICAS AO MARANHÃO


Foto: Ítalo Ludke

Com o intuito de contribuir com a segurança alimentar e nutricional em duas escolas públicas municipais de São Luís-MA (Unidades de Educação Básica – UEBs Jackson Lago, na área urbana, e Augusto Mochel, na zona rural), amanhã, 22 de novembro, às 11h, na sede da Embrapa Cocais (São Luís-MA), se reunirão equipes do Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, da Embrapa Cocais e Embrapa Hortaliças para reunião técnica sobre o Acordo de Cooperação Técnica entre o MDS, por meio da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional – Sesan, e a Prefeitura Municipal de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação – Semed, e demais parceiros, para implantação do Projeto Hortas Pedagógicas. Às 14h, haverá visita às duas escolas selecionadas para implantação das hortas. No dia 23, pela manhã, terá reunião de instalação do Comitê Gestor e o Núcleo de Educação Ambiental - NEA/Semed, bem como com as equipes de gestão e coordenadores pedagógicos das escolas selecionadas para elaborar plano de trabalho e discutir metodologias para o ano de 2019 e programação da semana de implantação do Horta Pedagógica nas escolas.
No estado do Maranhão, serão responsáveis pela execução do projeto a Embrapa Cocais, o NEA/Semed, a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento – Semapa e a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão – Agerp, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar – SAF, com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação-FNDE, do Ministério da Educação. 
A iniciativa faz parte da parceria entre Embrapa e MDS para desenvolver metodologia de implantação de hortas pedagógicas no Maranhão (MA) e Piauí (PI), áreas com alto índice de vulnerabilidade social. Para tal, o pesquisador e atual chefe da Embrapa Hortaliças (Gama-DF), Warley Marcos Nascimento, coordena projeto específico intitulado “Implantação e condução de Hortas Pedagógicas para escolas em municípios dos estados do Maranhão e Piauí”. Para Nascimento, “o Hortas Pedagógicas em escolas estimula as crianças a levarem os conhecimentos adquiridos para casa e a comunidade onde a criança está inserida. É uma semente que se multiplica”. 
Para Talmir Quinzeiro, analista e supervisor de transferência de tecnologia da Embrapa Cocais, na metodologia proposta, as hortas atuam como ferramentas didático-pedagógicas, como uma espécie de “laboratórios”, contribuindo tanto no âmbito social como no técnico. Disciplinas básicas e temas transversais podem ser desenvolvidos, de forma prática, em todas as etapas do ensino fundamental e médio, com ênfase na segurança alimentar e nutricional e sustentabilidade ambiental”, pontua. 
A implantação do projeto nas escolas de São Luís deverá ocorrer no ano letivo de 2019 e terá duração até final de 2020, podendo ser prorrogado, se houver interesse entre as partes.
Sobre o projeto e sua execução no estado - Desenvolvido pela Embrapa Hortaliças, o Hortas Pedagógicas é um método de implantação de hortas em escolas públicas municipais e/ou estaduais, com ênfase na interação entre estudantes e a própria horta. O objetivo é contribuir para a geração de crianças e adolescentes mais bem alimentados, conhecedores dos alimentos saudáveis e adequados para sua vida. 
Para desenvolvimento do método de implantação das hortas pedagógicas nas escolas de São Luís, haverá capacitações dos profissionais envolvidos (professores, merendeiras, nutricionistas que atendam a escola, diretor/a, coordenadores/as, auxiliares de serviços gerais, entre outros) e alunos e pais interessados sobre as técnicas agrícolas para produção de alimentos, assim como assuntos relacionados à educação ambiental, gestão de resíduos, compostagem, novas técnicas de preparo de alimentos dentro dos princípios higiênico-sanitários, nutrição equilibrada e saudável. O objetivo é melhorar o aproveitamento nutricional das hortaliças produzidas nas hortas, respeitando a cultura e a tradição alimentar locais. (Fonte:Embrapa Cocais)
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Em meio à polêmica, chefe da ONU para Meio Ambiente renuncia

Dos 668 dias examinados pela auditoria, o diretor esteve fora da sede de seu escritório em 529 diasFoto: REUTERS/Bob Strong

Pareci brincadeira, mas em Genebra o 
 chefe da ONU para o Meio Ambiente, o norueguês Erik Solheim, foi obrigado a renunciar depois que uma auditoria interna das Nações Unidas revelou gastos de viagens elevados e a violação de regras da entidade. 
Seu comportamento já tinha levado alguns dos maiores doadores à agência internacional a suspender pagamentos a determinados programas, o que estaria levando o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente à beira de uma crise.  
Em menos de dois anos, o norueguês gastou cerca de US$ 500 mil apenas em passagens aéreas e hotéis, um valor considerado elevado para uma organização que tenta reduzir custos. O fato de ele permanecer apenas 20% de seu tempo em seu escritório, em Nairobi, também gerou críticas por parte dos funcionários e de governos, num momento em que se fala abertamente na necessidade de reduzir emissões de CO2.
Dos 668 dias examinados pela auditoria, o diretor esteve fora da sede de seu escritório em 529 dias. Não havia ainda explicação para 76 dias que ele passou em Oslo ou em Paris, supostamente à trabalho.  Chamou ainda a atenção dos auditores uma viagem de ida e volta num fim de semana entre Paris e os Estados Unidos.
Para os auditores, seu comportamento estava representando um “risco de reputação” para a ONU e mesmo para o combate às mudanças climáticas.
Assim que as revelações primeiro foram publicadas, em setembro, o diplomata anunciou que estava devolvendo parte dos gastos e que estaria revendo sua agenda. Na semana passada, ele ainda manteve reuniões com a direção do PNUMA para tentar dar uma solução para a crise. 
Mas o gesto não teria sido suficiente. Países escandinavos e a Holanda anunciaram que não liberariam recursos para a ONU até que a questão fosse superada. Juntos, esses governos garantem um financiamento de US$ 50 milhões para os programas da ONU para meio ambiente.
Em Nova Iorque, os porta-vozes do secretário-geral, Antonio Guterres, confirmaram o pedido de demissão e indicaram que o português teria aceitado substituir o diplomata de Oslo. (Fonte: O Estadão)

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

RESSACA: ONDAS ATINGEM O LITORAL DE SÃO LUÍS, HOJE (19), A QUARTA-FEIRA (21)


A Marinha do Brasil emitiu alerta de ressaca para a faixa do litoral nordestino, entre as cidades de Touros, no Rio Grande do Norte e São Luís, no Maranhão.
A Capitania dos Portos do Maranhão recomenda que as embarcações de pequeno porte evitem navegar em mar aberto neste período e que as demais embarcações redobrem a atenção quanto ao material, estado geral dos motores e casco, equipamentos de comunicação e demais itens de segurança.
A ressaca, com ondas de até 2,5 metros, oriundas das direções Norte/Nordeste, começa a partir das 9h desta segunda-feira (19), e vai até às 21h da quarta-feira (21).

sábado, 17 de novembro de 2018

RELATÓRIO DO GREENPEACE: A POBREZA CONTINUA 58% DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO MODELO DO AGRONEGOCIO

A agricultura é uma das especializações mais antigas do mundo e, como tal, é repleta de cultura e saberes que a tornam possível. Na Amazônia, as populações sabem que na época de vazante dos rios, as várzeas cheias de terra nutritiva garantirão a safra anual de mandioca ou abóbora. No Cerrado, a cooperação com os elementos da natureza é fundamental para evitar o descontrole do fogo e garantir uma fonte próxima de água.
Mas há um fenômeno em curso que, como disse o engenheiro agrônomo e florestal Sebastião Pinheiro, vem transformando esta cultura em um negócio. E para esse modelo doente de negócio,  o desmatamento e a aniquilação de culturas tradicionais são “males menores”, um “custo inerente ao progresso”. Será?
Um estudo inédito apoiado pelo Greenpeace sobre as dinâmicas socioeconômicas na região de Cerrado denominada Matopiba – que reúne municípios do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia- refuta essa ideia e mostra que municípios campeões na produção de soja na região não tem indicadores de desenvolvimento social condizentes com a riqueza que produzem na balança comercial.
Segundo o relatório “Segure a Linha: A Expansão do Agronegócio e a Disputa pelo Cerrado”, somente em 45 dos 337 municípios do Matopiba, os indicadores de produção e de bem estar superam a média dos respectivos estados. A grande maioria está na situação oposta: 196 municípios continuam pobres, com produção e qualidade de vida piores do que a média de seus estados.
'Hold the Line' report. © Marizilda Cruppe
O movimento de expansão do agronegócio coloca em risco populações tradicionais e a disponibilidade de recursos naturais. © Marizilda Cruppe / Greenpeace
Os resultados chegam em um momento crítico para o Brasil, onde o País volta a colocar na balança o valor da preservação dos recursos naturais em oposição a um suposto ganho econômico e social que seria proporcionado pela manutenção de um modelo agrícola pouco diverso e extremamente impactante.
“O estudo mostra que há muito mais pobreza e desigualdade do que riqueza e bem estar nesta região que é apresentada como modelo de sucesso pelo agronegócio”, contou o autor do estudo, o Sociólogo e Doutor em Ciência Ambiental, Prof. Arilson Favareto, da Universidade Federal do ABC. A pesquisa levou dois anos para ficar pronta, foram percorridos mais de 7 mil quilômetros, nos quatro estados, com cerca de 150 entrevistados e análises de dados oficiais de indicadores econômicos e sociais, como o acesso a educação, mortalidade infantil, renda per capta e vulnerabilidade à pobreza.
Dos 10 municípios que já são campeões na produção de soja no Matopiba, apenas três estão no grupo com bons indicadores sociais, classificados como municípios “ricos”, onde há grande produção e bons indicadores sociais. Na outra ponta estão os municípios classificados como “injustos”, que totalizam 67, onde, mesmo com alta produção de grãos, os indicadores sociais, como mortalidade infantil, acesso a educação, saúde e nível de renda, estão bem abaixo da média dos estado.
“Outra constatação importante do estudo é que, mesmo nas cidades com bons índices sociais, nota-se que as principais melhorias nas localidades não partem da iniciativa privada do agronegócio, mas sim do próprio Estado, no processo de garantir financiamento e infraestrutura para que o negócio de commodities tenha competitividade para levar lucro a seus investidores”, explica Adriana Charoux, do Greenpeace. Segundo o estudo, 60% da renda gerada no Matopiba fica concentrada em 0,4% das fazendas produtoras. Enquanto 80% das fazendas ficam com apenas 5% da riqueza da região.
No período de 2013 a 2015, perdemos o equivalente a 24 cidades de São Paulo de vegetação nativa do Cerrado, boa parte desse desmatamento foi no Matopiba, a “vitrine” do agronegócio. “É uma conta que não fecha. O desmatamento não pode ser visto como um custo inerente ao desenvolvimento que temos que aceitar. Já que, na verdade, toda a comunidade científica mundial vem alertando que é justamente o contrário. Sem a preservação ambiental, estaremos todos nós com os dias contatos”, observa Charoux.

 O Cerrado é conhecido como "Berço das Águas", devido sua enorme capacidade de reter água e recarregar aquíferos importantes.
O Cerrado é conhecido como “Berço das Águas”, devido sua enorme capacidade de reter água e recarregar aquíferos importantes. © Marizilda Cruppe / Greenpeace
Desindustrialização e esgotamento dos recursos naturais
Se no balanço das exportações o Brasil continua bem na foto, na prática, a aposta do país em continuar exportando matéria prima com pouco valor agregado ao custo do esgotamento de recursos naturais tão fundamentais para a qualidade de vida, faz com que o horizonte de futuro do Brasil fique mais no passado do que no presente. A especialização na produção de bens primários tem feito com que a participação da indústria de transformação nas exportações nacionais, que já foi de 21,8% nos anos 80, esteja hoje no mesmo percentual dos anos 50, lá do século passado: meros 11%.
No Matopiba, por exemplo, o setor que mais oferece empregos formais é o de serviços, que em 2014 concentrava 67,9% das vagas de trabalho, em média, nos municípios. Enquanto o agronegócio lidera nas “ocupações”, ou seja, trabalhos temporários ou informais, que geralmente tem menor remuneração e segurança aos empregados.
Não se trata de dizer que tudo de ruim se deve ao agronegócio. Trata-se de chamar  atenção para o fato de que é ruim para o Brasil depender crescentemente deste setor, sobretudo no tipo de “negócio” que vem se consolidando até aqui. A agenda continua a expandir a produção de commodities, basicamente dedicada à exportação de grãos para alimentar um padrão insustentável de consumo de proteína animal no mundo todo. Isso recebe mais incentivos e apoio técnico do que a agricultura de base ecológica que produz alimento para consumo interno de forma menos impactante em termos ambientais. O desenvolvimento não vai chegar dessa forma. Não é uma questão de tempo e sim de modelo.

Esse modelo extremamente predatório vem acelerando o desmatamento no Cerrado, um dos biomas mais ameaçados do Brasil e extremamente importante para o abastecimento de aquíferos em toda a América Latina.
Esse modelo extremamente predatório vem acelerando o desmatamento no Cerrado, um dos biomas mais ameaçados do Brasil e extremamente importante para o abastecimento de aquíferos em toda a América Latina. © Marizilda Cruppe / Greenpeace
O novo governo, que assumirá a administração do Brasil a partir de primeiro de janeiro de 2019, tem portanto um grande desafio pela frente. A participação ativa do país no Acordo de Paris, que visa unir esforços para conter as mudanças climáticas, mantendo a temperatura global abaixo dos 1,5 graus celsius, é considerada fundamental. Mas para cumprir sua parte no acordo, o Brasil terá que evitar que suas paisagens naturais continuem a ser convertidas em áreas de monocultura. É um negócio que, literalmente, não terá futuro.

“É a manutenção de nossa vegetação nativa que assegura o equilíbrio climático fundamental para garantir não apenas a segurança da humanidade, mas a sobrevivência do próprio agronegócio brasileiro”, observa Charoux. “A produção com desmatamento faz com que o Brasil perca competitividade, ameaçando a geração de empregos”.